
O Ministério
Público de Pernambuco (MPPE) em parceria com a Polícia Civil do
Estado (PCPE) deflagraram na manhã desta quinta-feira (14), a quarta fase
da operação Gênesis. Integrantes do Grupo de Atuação Especial de
Enfrentamento ao Crime Organizado (Gaeco/MPPE) junto com o Departamento
de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) cumpriram 16
mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de Quipapá,
Garanhuns, Caruaru e Itaíba em desfavor de ex-agentes públicos e
empresários que fazem parte de um esquema criminoso que teria
desviado R$ 18 milhões da Prefeitura de Quipapá, na Mata Sul de
Pernambuco.
Os
alvos da operação foram oito empresas, cinco servidores da Prefeitura e onze
supostos empresários. As empresas envolvidas na operação foram: Eliude Pessoa
da Silva, Menezes Locações, SA Souza Construções, Genesis Locações, Roma
Empreendimentos. As outras empresas investigadas não foram divulgadas pela
operação. Segundo a PCPE, os alvos são acusados de praticar os crimes de
corrupção, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações que tinham por
finalidade desviar recursos públicos através da contratação de empresas de
fachada pelo município de Quipapá.
Em
coletiva de imprensa na sede da Procuradoria de Justiça do MPPE, na tarde
desta quinta-feira (14), o promotor de Justiça Frederico Magalhães, do
Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento ao Crime Organizado (Gaeco),
detalhou como era o modo de atuação da quadrilha. “Eles tinham empresas de
fachada que montava licitações dentro da necessidade do município na prestação
de diversos serviços públicos, como fornecimento de veículo, merenda e a construção
de determinadas obras hospitalar ou educacional. Essas empresas atuavam em
conluio, no sistema de cartelização, e dividiam as licitações”, acentuou.
Vinicius
Santos de Oliveira foi o principal articulador da organização criminosa,
tendo Álvaro Antônio Teixeira de Souza como o número 2 do esquema,
sendo esse um amigo muito próximo dele. “Eles eram os elos principais, os
grandes articuladores da operação. Forjavam as licitações, montavam um esquema
e procuravam fazer com uma aparência de legalidade, mas na verdade era um
grande esquema criminoso”, destacou o promotor Frederico.
A delegada
Sylvana Lellis, diretora do Draco, explicou como a Polícia Civil contribuiu
com as investigações. “Hoje nós empreendemos 80 policiais civis na operação.
Também tiveram o apoio de 20 profissionais do Ministério Público. Toda essa
equipe tinha o papel de identificar o que seria relevante na análise dos
documentos, e o que é importante nesse nicho de anticorrupção para condenar os
responsáveis por essa sangria”, afirmou.
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