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As
investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Francisco da Silva,
Marielle Franco, e o motorista Anderson Pedro Gomes completam nesta
quinta-feira (14) 11 meses sem conclusão. Eles foram mortos a
tiros no centro do Rio de Janeiro após um evento político. Onze meses depois, a
autoria do crime ainda é incerta.
“O assassinato de uma defensora dos direitos humanos não é apenas o assassinato de uma pessoa, é um ataque aos direitos como um todo”, diz Renata Neder, coordenadora de pesquisa da Anistia Internacional Brasil. As investigações são resguardadas por sigilo. Não faltam hipóteses para o crime. O mais provável, segundo investigadores e autoridades que acompanham o assunto, é que o crime tenha sido cometido por milicianos.
No
Rio, os milicianos, grupos paramilitares, são conhecidos por
controlar, ilegalmente e de forma armada, territórios mais pobres do estado. O
então secretário estadual de Segurança Pública, general Richard Nunes,
disse à Agência Brasil, em setembro de 2018, que há indícios que a execução foi
cometida por criminosos experientes que sabiam como dissimular as evidências.
Em
dezembro de 2018, o chefe do Departamento de Homicídios da Polícia Civil
do Rio, Giniton Alves, disse à Agência Brasil que “o absoluto sigilo das
apurações realizadas” é a “maior garantia para o alcance dos autores e
mandantes dos crimes investigados”.
Também no ano passado, o então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou que a Polícia Federal apuraria se agentes do Estado estariam interferindo nas investigações da Polícia Civil. Ele disse que havia indícios relevantes de práticas de corrupção, ocultamento e compra de agentes públicos para impedir a descoberta dos mandantes do crime.
Também no ano passado, o então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou que a Polícia Federal apuraria se agentes do Estado estariam interferindo nas investigações da Polícia Civil. Ele disse que havia indícios relevantes de práticas de corrupção, ocultamento e compra de agentes públicos para impedir a descoberta dos mandantes do crime.
Em
nota, o Comando Militar do Leste informou que as investigações estão
com a Secretaria Estadual da Polícia Civil. Por sua vez, a Polícia Civil disse,
também em comunicado, que as investigações sobre o caso Marielle estão
sob sigilo. A Polícia Federal afirmou que não comenta. Da Folhape
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