quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Polícia investiga série de golpes na venda de carros por sites e aplicativos em PE


           A Polícia Civil investiga uma série de golpes na vendas de veículos praticados através de sites e aplicativos de compra e venda. Segundo o delegado Fauzer Palitot, titular da Delegacia de Estelionato, desde novembro, 25 pessoas já caíram no golpe. As vítimas perderam de R$ 40 mil a R$ 100 mil. Investigações apontam para uma quadrilha com atuação interestadual. 

O delegado explica que o golpe tem início quando o criminoso vê um anúncio de venda de um carro. Ele, então, conversa com o anunciante e diz que vai querer comprar o veículo. Por isso, pede que o vendedor retire imediatamente o anúncio do ar e envie as fotos do carro para ele via mensagem.

Em seguida, através de uma conta falsa nos aplicativos de compra e venda, o estelionatário faz um anúncio com as fotos do carro dessa pessoa, fingindo ser o dono do veículo, inclusive com mesmo nome. A oferta de venda é feita com um valor bem abaixo do mercado e do que foi pedido anteriormente pelo real dono.

Durante a negociação, o estelionatário passa uma conta bancária em nome de uma terceira pessoa para o comprador, alerta Palitot. Em cada caso, ele conta uma história diferente do motivo de a conta não ser no mesmo nome do dono do veículo. Muitas vezes, o cliente não vê o veículo antes do depósito.

Segundo o delegado, essas contas são abertas com documentos falsos extraviados em diversos estados do país, como Maranhão, Rio de Janeiro e Paraíba, além de Pernambuco. "As investigações apontam que existe uma quadrilha, por conta dessa grama de contas bancárias que estão espalhadas por todo o país", diz.

O delegado explica que, em muitos casos, o vendedor do carro chega a receber por WhatsApp um falso comprovante de pagamento. Assim, o anunciante acredita que vendeu o veículo por um valor, o verdadeiro comprador pagou um valor bem abaixo, mas quem recebeu o dinheiro foi o estelionatário.

Na maioria dos casos registrados pela polícia, o golpe tem valores que variam de R$ 40 mil a R$ 60 mil, "por serem mais acessíveis", segundo o delegado Palitot. No entanto, há registros de vítimas que perderam até R$ 100 mil. G1

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