O
presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou nesta quarta-feira (23) os Estados
Unidos de dirigirem uma operação para impor um golpe de estado, horas depois de
o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, ter se declarado presidente
interino do país.
Os
EUA foram o primeiro país a reconhecer Guaidó como presidente
interino -- o Brasil também o fez. Na terça-feira, Maduro já havia
ameaçado rever a relação com os americanos após a divulgação de um vídeo
do vice-presidente Mike Pence dirigido ao povo venezuelano.
As
autoridades norte-americanas, no entanto, não reconheceram a declaração de
Maduro. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que não acredita que
o governo chavista "tenha autoridade legal para quebrar relações" com
os Estados Unidos.
O
presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e líder da oposição,
Juan Guaidó, se declarou, nesta quarta-feira (23), presidente interino do país
e foi reconhecido pelos governos do Brasil, Estados Unidos, Colômbia, Paraguai,
Peru, Canadá, Equador. Outros, como México, Rússia e Bolívia, apoiaram Maduro.
Juan
Guaidó chegou a enviar um pedido às embaixadas para que funcionários não
deixassem o país e afirmou que manterá relações diplomáticas com todos os
países.
Em
sua fala, Maduro também comparou o juramento de Juan Guaidó como presidente
interino com o de Pedro Carmona, na tentativa de golpe de Estado de 2002 contra
Chávez. Naquela ocasião, o empresário ficou menos de 48 horas no poder antes de
militares reconduzirem Chávez ao cargo.
Ainda
em discurso, Nicolás Maduro questionou a legitimidade do ato de Juan Guaidó,
dizendo que estava ali pelo voto do povo. “Só as pessoas colocam e só as
pessoas removem", disse ainda Maduro, que acusou a oposição de tentar um
golpe. "Pode um 'qualquer' se declarar presidente ou é o povo que elege o
presidente?", questionou.
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