O Presidente
do PSDB e pré-candidato do partido à Presidência da República, Geraldo
Alckmin, disse na terça-feira (8), que se dependesse dele, uma aliança de seu
partido com o PSB já estaria definida. A declaração foi dada poucas
horas após o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, filiado
à legenda, anunciar que não irá concorrer à Presidência da República no pleito
de outubro.
“Se
dependesse de mim, nós já estaríamos juntos com o PSB. Agora, temos que
respeitar. É outro partido. Tem uma lógica própria. Vamos aguardar”, afirmou
Alckmin, após proferir palestra a empresários na Associação Comercial do Rio de
Janeiro (ACRJ).
Alckmin,
contudo, preferiu manter a cautela. “Você só pode fazer aliança com quem não
tem candidato. Você só vai saber quem não tem em junho. E o Brasil é uma
federação, você não tem eleição só para presidente da República, tem também
para os Estados. Tem muitas singularidades”, ponderou.
O
ex-governador de São Paulo elogiou Joaquim Barbosa. “Tenho um grande respeito
pelo Joaquim Barbosa. Aliás, tinha declarado isso reiteradamente, por questão
de valor, espírito público, preparado, serviço prestado ao Brasil. Há de se
respeitar sua decisão”, afirmou. “O que o PSB vai fazer cabe ao partido
avaliar.”
Para
Geraldo Alckmin, a saída de Barbosa veio num movimento esperado em um momento
em que mais de duas dezenas de políticos ou outsiders anunciam intenção de
concorrer. “É natural que você, que tinha um quadro muito fragmentado – 22
pré-candidatos – à medida que vão chegando as convenções de junho, reduza um
pouco esse número de candidatos. Há uma fragmentação muito grande”, avaliou.
Mais
cedo, ao saber da desistência de Barbosa, Alckmin afirmou, em evento em
Niterói, que o ex-ministro deverá participar “de outra forma”.
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