A
frente de oposição "Pernambuco Quer Mudar" deve optar entre
o senador Armando Monteiro Neto (PTB) e o deputado federal Mendonça
Filho (DEM) para ser o nome da sua chapa ao Governo do Estado. Embaraçado
num imbróglio jurídico que já dura 9 meses trazendo desgaste para o grupo, o
senador Fernando Bezerra Coelho (um dos mais cotados) não conseguiu ter o
controle do MDB e acabou perdendo espaço.
Na
presente fase da corrida eleitoral, tanto Armando quanto Mendonça cacifaram
suas estruturas partidárias durante a janela, o que deu mais peso às suas
postulações. Com o recuo de FBC, que tem mandato até 2022, os nomes cogitados
para liderar o grupo nessa eleição vão para o "tudo ou nada".
O
palanque das oposições previu fazer esse anúncio no último dia 20, mas a briga
jurídica pelo controle do MDB impediu Fernando de trazer garantias ao grupo. A
perda de espaço ficou tão visível que essa semana, quando o presidente Michel
Temer consultou os dirigentes estaduais da sigla sobre seu projeto de
reeleição, o diretório de Pernambuco estava ausente. O senador Romero Jucá
havia feito diversos anúncios de que FBC seria candidato ao Governo do
Estado, mas nenhum dos seus prazos se cumpriu.
Além
disso, Fernando não conseguiu filiar os filhos, o ex-ministro de Minas e
Energia, Fernando Filho, e Antônio Coelho. Agora, a informação é de que ambos
já iniciaram campanha para a chapa proporcional, descartando a possibilidade de
compor na vice. Restou ao senador lutar para empurrar para a oposição o tempo
de TV do partido. Caso consiga, seria um prejuízo inédito para Frente
Popular, que disputou as últimas eleições com programas eleitorais extensos.
A
indefinição entre Armando e Mendonça foi confirmada por integrantes da Frente
Pernambuco Quer Mudar, tanto por pesquisas de consumo interno, quanto pelo
desempenho público de ambos. A expectativa, no entanto, é de que a cabeça de
chapa fique com o petebista, as duas vagas do Senado com o democrata e com o
ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB) - cujo tempo de TV e a prefeitura
de Caruaru garantem ao partido peso suficiente para integrar a majoritária.
Sem
a força do mandato, o empresário Carlos Augusto (PV) é um dos favoritos para
ocupar a vice, mas também é possível ter o ex-governador Joaquim Francisco (PSDB),
devido ao peso histórico.
Candidato
natural, por ter enfrentado Paulo Câmara em 2014, Armando reúne no
seu entorno PTB, PRB, Podemos e Avante. Nos bastidores, cogita-se que ele
poderá pedir voto para o candidato a presidente do PT, o que traria para a sua
candidatura a imagem do ex-presidente Lula, popular no Nordeste.
Já
Mendonça vai para a disputa tendo a recente passagem de quase dois anos pelo
Ministério da Educação, o que catapultou a sua influência. A presença da
deputada Priscila Krause (DEM) e a filiação dos filhos do senador Fernando
Bezerra Coelho no DEM também pesam na balança a favor de Mendonça. Do blog da Folha.
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