Após
a divulgação do cantor cearense Wesley Safadão para se apresentar no período
junino de Carpina, na Zona da Mata, o vereador de oposição Diogo Prado (PCdoB)
questionou a postura da Prefeitura Municipal diante dos problemas enfrentados
pela gestão, como o atraso de salário de professores. O artista foi contratado
para show no dia 28 de junho por um cachê de R$ 450 mil, com inexigibilidade de
licitação.
De
acordo com o vereador, além do atraso do salário dos professores, os
provimentos de dezembro não foram pagos, assim como um terço de férias dos
professores. A Câmara Municipal tem 17 vereadores, dos quais 20% são de
oposição.
"A
gente defende que tenha um São João bom, um São João de porte. Mas a gente sabe
que com R$ 150 mil de cachê a gente consegue trazer bons nomes, nomes inclusive
regionais, que possam garantir um São João tradicional, um São João que vai
atrair o turista também, mas que não vai comprometer o cumprimento de outras
obrigações no município. A gente não pode é investir no São João onde a cidade
tem problemas graves de iluminação pública, onde a própria estrutura do
palhoção onde vai ser realizado o evento, não tem condições de comportar um
público tão grande. Vai ser um caos", avaliou Prado.
O
parlamentar também afirmou que a Prefeitura ainda não apresentou o plano de
segurança para o Governo do Estado e que o prazo para isso é a quarta-feira
(21).
Outro
ponto que chamou a atenção do vereador foi que, segundo ele, o prefeito Manoel
Botafogo (PDT) baixou um decreto, no período do Carnaval, afirmando que o
município estava em estado de calamidade financeira. E que, por esse motivo,
não financiou polos tradicionais do Carnaval da cidade. "E a gente quatro
meses depois e o prefeito já está investindo aí R$ 1 milhão de atração no
município. É um exemplo realmente impressionante, fora do comum uma recuperação
econômica do município num período tão curto. Estamos aí falando de quatro
meses onde a realidade mudou da água para o vinho. Isso chama a atenção",
disse.
Indagado
se os vereadores vão questionar o cachê do artista na Justiça, Diogo Prado
afirmou que está avaliando a viabilidade de se questionar na Justiça. Além
disso, os vereadores esperam a Prefeitura se posicionar sobre os
questionamentos feitos sobre salários e os problemas que existem na cidade. Do
blog da Folha.