quarta-feira, 10 de maio de 2017

Adiada criação do BOPE em Pernambuco

           Somente no dia 16 de maio a Comissão de Justiça da Assembleia Legislativa irá apreciar o projeto que dá origem ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) na estrutura da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE). O adiamento foi motivado por divergência entre Governo e Oposição. Para a ocasião, está prevista a presença de representantes da Secretaria de Defesa Social, que devem apresentar detalhes do projeto de Lei nº 1330/2017.

A matéria transforma a atual Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe) num Batalhão de Operações Policiais Especiais. Com a mudança, a unidade terá o efetivo ampliado e irá contar com gratificações de R$ 2,5 mil a R$ 3,6 mil. Segundo a justificativa anexada à proposição, os custos da criação do batalhão serão viabilizados com a redução do Programa Jornada Extra de Segurança (PJES).

O adiamento da discussão foi sugerido pelo líder do Governo e relator do texto na Comissão de Justiça, deputado Isaltino Nascimento (PSB). Líder da Oposição, Sílvio Costa Filho (PRB) elogiou o posicionamento adotado e defendeu o aprofundamento do debate. Edilson Silva (PSOL) destacou a “sensibilidade do Governo em entender que é preciso mais tempo para chegar a definições mais amadurecidas”.

Na semana passada, em manifestações no Plenário, os parlamentares contrários à medida demonstraram receio de que, com as novas gratificações, surja alguma insatisfação entre os militares que não forem beneficiados. Governistas, por sua vez, defenderam a proposta como meio de fortalecer as ações de combate ao crime organizado em Pernambuco.

Um outro texto que divide as bancadas também teve a apreciação adiada nesta manhã. A Emenda Modificativa nº 01 ao Projeto de Lei nº 1239/2017, que institui o Sistema de Plantões Extraordinários na Rede Estadual de Saúde, foi retirada da pauta do colegiado, a pedido da Oposição e com o consentimento da liderança do Governo.