O
governo do presidente Michel Temer usou o rolo compresso e o Plenário da Câmara
dos Deputados aprovou, por 287 votos a 144, o regime de urgência para o
projeto de lei da reforma trabalhista (PL 6787/16). O deputado federal Zeca Cavalcanti, do PTB de
Pernambuco, foi um dos que votou contra o requerimento do regime de urgência. Na tentativa de terça-feira o parlamentar também tinha votado não.
Na
noite de ontem, o Plenário havia rejeitado o regime de urgência por
insuficiência de votos, pois o pedido obteve o apoio de 230 parlamentares,
quando o necessário é 257.
Com
a aprovação do regime de urgência, não será possível pedir vista ou
emendar a matéria na comissão especial que analisa o substitutivo do
deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).
O
relatório apresentado na comissão mantém a prevalência dos acordos coletivos em
relação à lei, conforme previsto no texto original, e acrescenta outras
modificações, como regras para o teletrabalho e o trabalho intermitente.
A
oposição protestou contra a nova votação do requerimento de urgência, um dia
após sua rejeição pela Casa.