A
polêmica envolvendo o Hospital Regional de Arcoverde, hoje administrado por uma
Organização Social (OS), que no último dia 17 se recusou por duas horas a
realizar o socorro e transferência de um paciente (Antônio José Noleto) em
estado grave para o Hospital da Restauração, em Recife, foi tema de debate na
sessão desta segunda-feira (24) na Câmara de Vereadores de Arcoverde.
A
vereadora Célia Almeida (PSB) puxou o tema já no primeiro expediente da sessão,
lamentando o ocorrido e a demora com que o Hospital Regional atendeu o paciente
que vinha em estado grave do Hospital Memorial Arcoverde, a pedido da família. A
parlamentar socialista lembrou que na ocasião sua filha estava com a decisão da
2ª Vara Cívil da Comarca de Arcoverde que determinava que todos os pacientes desprovidos
de recursos financeiros atendidos emergencialmente no Memorial fossem
transferidos para o Hospital Regional após a realização dos primeiros socorros.
Segundo
ela, lamentavelmente, mesmo com a liminar da justiça sendo apresentada aos
responsáveis pelo HRA, o paciente levou duas horas para ser atendido. Ela disse
estranhar que isso só aconteceu com o paciente vindo do Memorial. Elogiou a postura
do diretor do HMA, Dr. Joaquim Lucena, e disse que ele não cobrou um centavo de
todos os procedimentos que foram feitos no Sr. Antonio Noleto.
Com
apartes das vereadoras Luiza Margarida, Cibely Brito e do vereador Everaldo
Lira, que misturou o caso com a fala do empreiteiro Marcelo Odebrecht de que
todos os políticos se elegem com caixa 2 (e não com dinheiro da Odebrecht), o
tema rendeu também nos discursos seguintes após a vereadora Célia Almeida
encerrar sua fala.
Antes
disso, Célia questionou a OS, dizendo que muitas coisas melhoraram, mas outras
só pioraram e citou o exemplo dos funcionários que hoje tem que fazer o serviço
de dois ou três após a demissão dos mais velhos. Ela também questionou como o
Hospital Regional hoje, recebendo mais de R$ 2 milhões através da OS, não tem um
a UTI Móvel, quando antes, que era administrado pelo próprio Estado e recebia
apenas R$ 600 mil, possuía uma ambulância deste tipo.