Famílias
de bebês com microcefalia ganharam um aliado na busca pelo Benefício de
Prestação Continuada (BPC), concedido a pessoas que têm a partir de 65 anos ou
algum tipo de deficiência e que contam com renda familiar per capita de até um
quarto do salário mínimo (R$ 220).
Mutirões
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão acelerando as etapas do
processo, permitindo que, num mesmo dia, os interessados passem pelos setores
administrativos, de assistência social e de perícia médica. Para se ter ideia,
no ritmo normal, a espera pelo atendimento inicial pode durar até quatro meses.
No Recife, a primeira ação ocorreu no último sábado, em duas agências,
beneficiando cerca de cem pessoas. São Luís, Fortaleza e Salvador também
receberam a iniciativa. De acordo com o INSS, já está sendo organizado um
segundo mutirão, previsto para o próximo sábado.
O
benefício concede o valor de um salário mínimo (R$ 880) aos beneficiários. Fará
a diferença para a dona de casa Gabriela Alves de Azevedo, de 20 anos, que
enfrenta o desafio diário de cuidar de Ana Sofia, de 4 meses, sem emprego ou
qualquer outra renda fixa. E as necessidades do bebê com microcefalia só têm
aumentado.