Começou
próximo das 19h desta quinta-feira (24) o ato “Povo Sem Medo“, cuja marcha se
dirigiu para a sede da Rede Globo, em São Paulo. Milhares de pessoas participam
da manifestação, que defende a democracia. Os organizadores falam em 30
mil participantes.
"Golpe
nunca mais, eu tô nas ruas por direitos sociais" é um dos gritos de guerra
do protesto. Os manifestantes também entoam: "barrar a Direita no governo,
no Congresso e nas ruas".
o
ato –iniciado no o largo da Batata, em Pinheiros– reúne cerca de 30 movimentos. O
grupo faz uma caminhada com início na avenida Brigadeiro Faria Lima, que
seguirá em direção à TV Globo. O movimento acusa a emissora de "apoiar um
golpe contra a democracia no país".
O
presidente nacional do PT, Rui Falcão, que participa do protesto, destacou que
"muita gente de vários setores sociais estão lutando contra o golpe".
"O impeachment significa um retrocesso, a imposição de uma pauta
neo-liberal, com a precarização do trabalho, arrocho. Não haverá estabilidade
com impeachment", afirmou.
Falcão
defendeu que o Supremo Tribunal Federal retire a suspensão da nomeação do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. "Lula
é ficha limpa, portanto não há nenhuma razão para ele não ser ministro",
disse o presidente do PT.
O
líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, disse em
discurso que o objetivo do protesto é "deter uma ameaça à democracia e às
garantias constitucionais". "Importante dizer que não estamos aqui
para defender governo algum", discursou.
O
deputado federal Ivan Valente (PSOL), afirmou: "Estamos aqui para defender
os direitos dos trabalhadores e contra o ajuste fiscal. O processo de
impeachment está sendo tocado por um delinquente que deveria estar preso:
Eduardo Cunha".