sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

TCE de Pernambuco suspende processo seletivo de servidores da Prefeitura de Alagoinha

                 A Primeira Câmara do Tribunal de Contas referendou, nesta quinta-feira, uma Medida Cautelar, proposta pelo conselheiro Ranilson Ramos suspendendo todo e qualquer ato relativo ao Processo Seletivo Simplificado para a admissão de servidores para as funções de médico plantonista, médico, enfermeiro e cirurgião dentista para atendimento do Programa Saúde da Família da Secretaria Municipal de Saúde do município de Alagoinha, comandado pelo prefeito Maurílio de Almeida (PSB), até análise final do TCE sobre a legalidade do processo de contratação de servidores. A proposta do relator foi acatada pela unanimidade dos membros da Sessão.

De acordo com o relator do processo de Medida Cautelar (TC 1600707-4), o edital do processo seletivo elaborado pela Prefeitura, analisado pelo Núcleo de Atos de Pessoal do TCE, apresentava pontos que afrontavam princípios constitucionais e legais, cabendo destaque para os seguintes tópicos: previsão de prazo exíguo para a realização das inscrições no processo seletivo (apenas 02 dias); impossibilidade de recebimento da documentação dos candidatos por outro meio, que não o presencial; não informação dos meios de divulgação do resultado, bem como não previsão dos prazos para a interposição de recursos por parte dos participantes.

Além desses pontos, não existia, no edital analisado, a garantia de inclusão de candidatos com deficiência na listagem geral de classificados e nem critérios de preferência no caso de empate de candidatos concorrentes às vagas do concurso.

Por essas razões, o processo seletivo foi suspenso pelo TCE e ficou determinada a notificação da secretária de Saúde do Município, Vera Neide de Carvalho Galindo, para que a mesma adote a decisão constante na Medida Cautelar. Em caso de descumprimento da determinação, a gestora poderá ser penalizada com sanção de multa, conforme o estabelecido na Lei Estadual 12.600/2004 (Lei Orgânica do TCE).

A Sessão da Primeira Câmara foi dirigida pela sua presidente, conselheira Teresa Duere. O Ministério Público de Contas esteve representado na ocasião pela procuradora geral adjunta, Eliana Guerra.