A
crise econômica será mais uma vez a justificativa usada pelo governador Paulo Câmara (PSB) para fazer um festa de
Carnaval mais modesta este ano. Os números da folia ainda estão sendo fechados
pelo governo estadual, mas nos corredores do Palácio do Campo das Princesas já
é dado como certo um corte de 30% em relação ao que foi gasto no ano passado –
R$ 20 milhões na contabilidade feita pela Fundarpe após o fim da festa.
Desta
vez, no entanto, o governo estadual decidiu também que só irá liberar recursos
para a contratação de artistas locais, o que de fato deve baratear os custos. Nomes
como Chiclete com Banana, Diogo Nogueira, Revelação, Elba Ramalho, Fundo de
Quintal e Ivete Sangalo, cujos cachês para tocar no Estado no Carnaval de 2015
variaram entre R$ 70 mil e R$ 170 mil, vão ficar fora da festa. A participação
de artistas de peso nacional vai ocorrer, mas restrita aos que têm DNA
pernambucano como Otto e Lenine, por exemplo.
O
governo estadual também estuda reduzir o apoio aos polos carnavalescos, apesar
de saber que a medida vai gerar insatisfação entre os prefeitos. Até o momento
a garantia de investimentos está voltada apenas para os polos tradicionais como
Recife, Olinda, Bezerros, Triunfo, Pesqueira e Nazaré da Mata. A ampliação da
lista de agraciados vai depender do que a gestão socialista conseguir de
patrocínio.
Desde
2012, a cidade de Arcoverde passou a ser um dos polos do Carnaval pernambucano com
a tradicional Folia dos Bois. Apesar de não ter muita tradição para atrair
grandes públicos durante os festejos, as atrações nacionais que ultimamente vieram
à cidade conseguiram movimentar um bom público na Praça da Bandeira. Com o
corte das atrações nacionais que não são pernambucanas, caso Arcoverde seja confirmada
mais uma vez como polo, a expectativa é que o público seja menor durante o
reinado de momo na Terra do Cardeal. Independente disso, a prefeitura já está convocando blocos e troças.