Amargando
o pior resultado dos últimos anos no que se refere à violência, o Governo de
Pernambuco vem tomando, sem sucesso, algumas medidas para tentar conter o
grande aumento no número de homicídios no Estado.
Após
ter trocado o comando da Polícia Militar, no mês passado, o governador Paulo
Câmara resolveu realizar mudanças também em cargos estratégicos da Polícia
Civil, foi o que ocorreu recentemente nos cargos de diretor Integrado do
Interior 1 ( que abrange a Zona da Mata e Agreste), diretor Integrado do
Interior 2 ( responsável pelo Sertão) e do diretor do CORE – Comando de
Operações de Recursos Especiais.
A
cerimônia da posse dos novos diretores ocorreu na Sede da Polícia Civil, no
Recife, e reuniu Secretário de Defesa Social, Alexandre Carvalho, o comandante
geral da Polícia Militar, coronel Carlos D’Albuquerque; o comandante geral do
Corpo de Bombeiros, coronel Manoel Cunha; a gerente geral de Polícia
Científica, perita criminal Sandra Santos; o subchefe da Polícia Civil,
delegado especial Luiz Andrey; e o subcomandante geral da Polícia Militar,
Adalberto Freitas.
Desde
que assumiu o Governo de Pernambuco, no início do ano, Paulo Câmara tem
demonstrado uma inabilidade surpreendente no que se refere ao combate à
violência em Pernambuco. A insensibilidade por parte do gestor com a questão,
tem levado Pernambuco a índices constrangedores, o que só aumenta a sensação de
insegurança da população.
A
simples troca no comando em instituições como a PMPE e a Polícia Civil não
mudará em nada a realidade enfrentada pelos profissionais da segurança em nosso
Estado. A péssima estrutura física de delegacias, redução de combustível
para as viaturas, quadro escasso de policiais, a falta de valorização da
classe, baixa remuneração, delegados, promotores e juízes obrigados a dar conta
de vários municípios de uma só vez, são uma das dificuldades corriqueiras
encontradas nas cidades do interior, o que só contribui para a
surpreendente alta no número de assaltos, furtos, tráfico de drogas e
homicídios.