sábado, 12 de dezembro de 2015

Impeachment: Fachin nega pedido de Cunha

       O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Edson Fachin negou nesta sexta-feira (11) pedido apresentado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para destravar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso. 

O ministro argumentou que a sua decisão provisória (liminar) suspendendo o processo só terá validade até quarta (16), quando o STF se reúne para começar a discutir ações do PC do B questionando o rito do impeachment e pedindo que a corte organize o andamento desse processo.

Cunha argumentou que a base governista tenta “somente evitar o trâmite legítimo e constitucional” do pedido de afastamento da presidente. Segundo a manifestação do deputado, as ações protocoladas pelo PC do B representam uma manobra e não devem ser acolhidas pelo tribunal, uma vez que não há elementos que impeçam a Câmara de analisar a disposição da petista. Para o peemedebista, a sigla tenta reverter entendimento fixado pelo Supremo para a análise desses casos.

Em sua decisão, Fachin ainda acolheu pedidos de PT, PSDB e DEM para participarem do julgamento na condição de “amici curiae” (amigos da Corte), quando poderão apresentar sua manifestação aos ministros.

“Verifico que todos os partidos possuem ampla e conhecida representatividade nacional, possuem interesse direto e imediato no tema em pauta e têm, dados os objetivos e finalidades que lhes constituem, em sua especialidade, atuado sobre a questão”, disse o ministro.