quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Exército vê risco de crise social no país




            O
comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou que a atual crise
no Brasil pode gerar uma “crise social” que comprometeria a estabilidade do
país e, segundo ele, teria relação com as Forças Armadas. 





“Estamos
vivendo situação extremamente difícil, crítica, uma crise de natureza política,
econômica, ética muito séria e com preocupação que, se ela prosseguir, poderá
se transformar numa crise social com efeitos negativos sobre a estabilidade”,
enfatizou e prosseguiu: “E aí, nesse contexto, nós nos preocupamos porque passa
a nos dizer respeito diretamente”.





Villas
Bôas fez as declarações em uma inédita videoconferência na última sexta (9)
para 2 mil oficiais temporários da reserva, os R2. A conversa teve transmissão
para oito comandos pelo país e trechos circulam na internet. O ex-governador
Roberto Magalhães (DEM-PE) participou do debate.





O
militar, escolhido para o comando do Exército pela presidente Dilma Rousseff no
início deste ano, descartou a intervenção militar em outras declarações. Ele
disse não ver crise institucional e que as instituições funcionam, dando como
exemplo a reprovação das contas do governo Dilma pelo TCU. “Dispensa a
sociedade de ser tutelada. Não são necessários atalhos nos caminhos para chegar
ao bom termo.”





Questionada
pela Folha de S.Paulo sobre a crise social dizer respeito ao Exército, a
instituição citou artigo da Constituição que afirma que as Forças Armadas
“destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por
iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”, sob autoridade presidencial.
“Foi com o pensamento de legalidade, de estabilidade e de legitimidade que o
comandante do Exército se referiu”, disse em nota.





Segundo
o Exército, que tem desenvolvido projeto recente de reaproximação com
reservistas, a única intenção do evento foi manter o contato com
ex-companheiros. O presidente do conselho de R2, Sérgio Monteiro, terminou a
nota publicada após a palestra com os termos: “Os tenentes estão de volta,
prontos! Dê-nos a missão!”.

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