quinta-feira, 23 de julho de 2015

Justiça impede funcionamento de faculdades no Sertão de PE




           O
Diário de Pernambuco de hoje traz uma reportagem afirmando que cerca de 15
mil estudantes pernambucanos foram vítimas de uma faculdade sem o
credenciamento do Ministério da Educação e investigada por suspeita de fraude.





A
denúncia de uma professora, que foi demitida da instituição depois de
questionar a validade do curso, descortinou o escândalo, que já reúne processos
em 25 cidades do interior do estado. E o pior, a maioria das cidades no
Sertão.





Segundo
o jornal, estão suspensas em caráter liminar as aulas nas unidades da Faculdade
Extensiva de Pernambuco – Faexpe. Mesmo assim, elas continuam normalmente. A
decisão judicial impede o funcionamento nos municípios de atribuição do
Ministério Público Federal em Serra Talhada, que deu entrada na Ação Civil
Pública.





A
área engloba as cidades de Afogados da Ingazeira, Betânia, Brejinho, Custódia,
Calumbi, Carnaíba, Flores, Floresta, Iguaraci, Ingazeira, Itacuruba, Itapetim,
Jatobá, Nova Petrolândia, Quixaba, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha,
São José do Belmonte, São José do Egito, Serra Talhada, Tacaratu,
 Solidão, Tabira, Tuparetama e Triunfo.





Ouvida,
a professora Maria Lima, 30 anos, de Petrolândia, diz que as aulas ocorrem
normalmente. “Mas muitos alunos estão angustiados”, admite. Mesmo relato de
Liviane Araújo, de Tacaratu. 
A
Faculdade tem oferecido cursos de Matemática, Biologia Educação Física,
Administração, Pedagogia, História, Serviço Social, Letas e outros. Sem
credenciamento no MEC, simplesmente não há validade oficial do curso. Não pode
ser emitido diploma. Qualquer documento emitido pela instituição não vale nada.





Ano
passado, pelo que o blog apurou, a empresa já teve que prestar esclarecimentos
sobre rumores de que seria fechada. “Por meio deste, viemos esclarecer junto
aos clientes internos e externos da instituição FAEXPE, que não procedem as
informações de venda ou falência das Faculdades Extensivas em Pernambuco,
nem tão pouco da FUNESO”.







Três
instituições reconhecidas pelo MEC – a Fundação de Ensino Superior de Olinda
(Funeso), a Faculdade Centro Oeste do Paraná (FAI/PR) e a Faculdade
Paranapanema – ambas sediadas no Paraná, também são investigadas por
participação na terceirização da atividade de ensino. As faculdades não estavam
autorizadas a oferecer cursos por meio da Faexpe, de acordo com o MPF.

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