A exemplo do que vem ocorrendo maciçamente no
âmbito da Operação Lava Jato, que já conta pelo menos 15 delações premiadas, o
PT em São Paulo quer o uso do mesmo instrumento nas investigações sobre o
cartel dos trens que, segundo investigação do Ministério Público do Estado,
operou entre 1998 e 2008 (governos do PSDB em São Paulo).
O deputado estadual José Américo, secretário
nacional de Comunicação do PT, informou que os parlamentares do seu partido
pretendem marcar uma audiência com a Procuradoria-Geral de Justiça "para
questionar por que o recurso (da colaboração) não foi adotado na investigação
do cartel".
"O Ministério Público de São Paulo deve
oferecer o instrumento (da delação)", declarou José Américo, segundo nota
distribuída por sua assessoria.
O cartel metroferroviário operou entre 1998 e 2008
(governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB) fraudando
licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM),
segundo acordo de leniência firmado em maio de 2013 pela multinacional alemã
Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão
antitruste do governo federal.
Na PF dois antigos executivos da Siemens fizeram
delação premiada e confirmaram o ajuste entre as empresas do setor
metroferroviário. A PF pediu à Justiça perdão aos delatores.
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