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quinta-feira, 14 de outubro de 2021

CPI muda depoente e se prepara para apreciação do relatório final

                       O médico Carlos Carvalho deve ser o próximo depoente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado. Depois de uma reunião nesse feriado, a cúpula da comissão decidiu que o depoimento dele, na próxima segunda-feira (18), será mais interessante para o colegiado do que o originalmente marcado, que seria do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já ouvido pelos senadores duas vezes.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), conversou nos últimos dias com Carvalho. Segundo o senador, o pneumologista e professor da Universidade de São Paulo (USP) “tem uma lucidez enorme e uma história de vida muito grande”, além de ser muito respeitado na área médica. Carlos Carvalho despertou interesse da CPI depois que, na semana passada, um estudo que teria sido coordenado por ele, com parecer contrário ao uso do chamado kit Covid, na fase pré-hospitalar, com medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença, ter sido retirado da pauta de uma reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

O médico não faz parte da Conitec, mas foi escolhido para gerar diretrizes para o tratamento da Covid-19 pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ainda na semana passada o pneumologista disse que ele próprio pediu a retirada de pauta do documento de pauta. Ele justificou que o trabalho havia sido feito com as informações científicas vigentes até o final de agosto e que no final de setembro foi publicado um artigo que, segundo ele, pode mudar a conclusão do relatório e, por isso, precisaria de mais prazo para o grupo se reunir e reavaliar o tema.

No mesmo dia, encerrando o ciclo de depoimentos colhidos nos últimos seis meses pela CPI, parentes de vítimas da Covid-19 também serão ouvidos pelos senadores. 

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terça-feira, 14 de setembro de 2021

CPI quer ouvir Tolentino nesta terça e pode pedir condução coercitiva

                    Depois de faltar à reunião do dia 1º de setembro da CPI da Pandemia, a expectativa é que o advogado e empresário Marcos Tolentino da Silva seja finalmente ouvido nesta terça-feira (14), a partir das 9h30. 

Na reunião anterior, ele apresentou um atestado médico e alegou que estava internado, situação que desagradou os senadores.

O depoimento de Tolentino, dono da Rede Brasil de Televisão, é um dos mais aguardados pela CPI. Ele é suspeito de ser um “sócio oculto” da empresa FIB Bank, que teria fornecido à Precisa uma garantia irregular no fechamento do contrato da vacina indiana Covaxin. 

Segundo senadores, ele seria ligado ao deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, apontado por parlamentares como articulador de negociações sob suspeita de irregularidades. 

Por meio da Advocacia do Senado Federal (Advosf), a CPI pediu à Justiça que intimasse Tolentino a depor. Em resposta ao pedido, o juiz federal Francisco Codevila, da 15ª Vara Federal de Brasília (DF), decidiu que se o depoente faltar desta vez, a CPI poderá pedir a condução coercitiva dele. 

Caso não compareça e apresente justificativa, caberá à CPI “avaliar a razoabilidade dos motivos apresentados pelo intimado, antes de deliberar pela conveniência da condução coercitiva”. 

Ainda na decisão, o juiz federal apontou que Tolentino ficará sujeito a sanções previstas no Código de Processo Penal, como multa, e poderá responder por crime de desobediência. A pena, nesses casos, é de detenção, de 15 dias a 6 meses.

A defesa de Tolentino obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) decisão da ministra Cármen Lúcia que permite a ele se recusar a responder a perguntas que eventualmente possam incriminá-lo. O juiz apontou que sua decisão em nada interfere no habeas corpus concedido.

“Uma vez convocada a testemunha, tem ela o dever de comparecimento e de observância dos trâmites legais inerentes à convocação, sob pena de frustrar ou dificultar as atividades investigativas da comissão parlamentar de inquérito”, aponta Codevila na decisão. 

Como Tolentino comparecerá na condição de testemunha, Codevila considerou “desproporcionais”, no momento, outros pedidos da CPI relativos a ele, como a apreensão de passaporte, proibição de se ausentar da comarca em que reside e expedição de ordem para impedir sua saída do país. 

Garantia investigada

A convocação foi sugerida pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Segundo o parlamentar, a garantia oferecida no contrato de R$ 1,61 bilhão é do tipo fidejussória, o que não estava previsto no documento assinado entre a Precisa, o Ministério da Saúde e a farmacêutica Bharat Biotech. 

De acordo com o contrato, a garantia para cobrir 5% do negócio (R$ 80,7 milhões) deveria ser uma fiança bancária, um seguro-garantia ou uma caução em dinheiro ou títulos da dívida pública.

O senador destaca ainda que a “carta de fiança” oferecida pela FIB Bank foi apresentada dez dias após o fim do prazo contratual. Ainda assim, o Ministério da Saúde incluiu a garantia fidejussória no sistema de pagamentos do governo federal como se fosse um seguro-garantia. As informações são da Agência Senado. 

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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

CPI ouve presidente de empresa que garantiu fiança de R$ 80 milhões em contrato da Covaxin

                       A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira (25) Roberto Pereira Ramos Júnior, diretor-presidente do FIB Bank. A empresa ofereceu garantia financeira de R$ 80,7 milhões em um contrato firmado entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para a compra da vacina Covaxin.

Na noite desta terça, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, concedeu a Ramos Júnior o direito de não responder perguntas que possam levá-lo a produzir provas contra si mesmo. Mas a ministra ressalvou que ele não pode deixar de falar a verdade em relação a todos os demais questionamentos.

O depoimento mantém o foco da CPI nas negociações de vacinas por parte do Ministério da Saúde. A carta de fiança do FIB Bank fazia parte do processo de aquisição da Covaxin, que previa 20 milhões de doses a um valor de R$ 1,6 bilhão, mas foi cancelado por suspeita de irregularidades – nenhuma dose foi entregue (vídeo abaixo).

O documento foi assinado pelo então diretor do Departamento de Logística Roberto Dias, exonerado da pasta em meio a denúncias de cobrança de propina e de ter pressionado pela liberação da Covaxin. Ele nega as acusações.

Na véspera do depoimento, Roberto Júnior pediu o adiamento da sessão em um dia para poder “reunir maiores subsídios e documentos”, mas a cúpula da CPI manteve a data original.

Senadores querem entender o motivo pelo qual a Precisa contratou o FIB Bank – que, apesar do nome, não é uma instituição financeira – e se há irregularidades no processo.

Além disso, a CPI também apura se a empresa tem algum sócio oculto e, se sim, a quem ele seria ligado. No início do mês, a CPI aprovou a quebra de sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático do FIB Bank.

Responsável pelo pedido de convocação do diretor e um dos condutores dessa frente de investigação, o senador Tasso Jeressaiti (PSDB-CE) ressaltou que há indícios de uma “operação fraudulenta” envolvendo o FIB Bank e a Precisa.

“A Precisa procura uma empresa que sequer está autorizada pelo Banco Central a atuar como instituição financeira, que, agora sabemos, teve seu capital integralizado de forma duvidosa, e aponta indícios de uma operação fraudulenta”, afirma Tasso no requerimento que pedia a quebra de sigilo.

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domingo, 15 de agosto de 2021

CPI avalia suspender acareação entre Onyx Lorenzoni e deputado Luis Miranda

                         Integrantes da cúpula da CPI da Covid ouvidos pelo blog do Gerson Camarotti estudam suspender a acareação marcada para a próxima quarta-feira (18) entre o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

A decisão deve ser tomada nas próximas horas entre os integrantes da CPI. A avaliação é que a acareação teria pouco a acrescentar no que já foi apurado sobre o caso da compra da vacina Covaxin, que foi cancelada após uma denúncia de irregularidade ter entrado no radar da CPI.

“Devemos suspender a acareação. Isso porque só tem um ponto: a falsificação do invoice (fatura), que já está bem esclarecido. Essa acareação seria mais pitoresca do que um fato concreto”, disse ao blog o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Um invoice falsificado que cobrava pagamento antecipado de US$ 45 milhões foi apresentado pelo ministro Onyx Lorenzoni no Palácio do Planalto para rebater as acusações feitas pelo deputado Luís Miranda.

“Essa acareação não tem muito que acrescentar. Temos que ter cuidado para evitar que CPI seja um palco para desconstrução. O depoimento do [líder do governo] Ricardo Barros mostrou que devemos ter atenção para que a CPI não seja usada”, reforçou o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Do G1 

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quinta-feira, 15 de julho de 2021

Presidente do Senado prorroga CPI da Covid por 90 dias

                     O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), autorizou nesta quarta-feira (14) a prorrogação da CPI da Covid por 90 dias. Instalado em 27 de abril, o colegiado deveria ser encerrado entre o fim de julho e o início de agosto -o que dependeria do recesso parlamentar, previsto inicialmente para começar em 17 de julho.

 No fim de junho, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou o requerimento para estender o prazo com 34 assinaturas, sete a mais que o necessário.

Na época, Pacheco chegou a dizer que decidiria sobre a prorrogação apenas em agosto, depois do recesso. Após conversas com o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), Pacheco decidiu antecipar a decisão. Em contrapartida, os membros da comissão não devem realizar oitivas durante o recesso.

No pedido de prorrogação, Randolfe cita as denúncias de irregularidades em torno da compra da vacina indiana Covaxin, que foi revelada pela Folha no dia 18, com a divulgação do depoimento sigiloso de Luis Ricardo ao Ministério Público Federal.

"Depoentes apontaram que até o presidente da República foi alertado das irregularidades e, ao invés de apurá-las, as creditou ao próprio líder do governo da Câmara dos Deputados. É um escândalo que precisa ser apurado com a gravidade correspondente", escreveu se referindo ao depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF), que disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atribuiu a Ricardo Barros (PP-SC) as supostas irregularidades na compra da Covaxin.

Depois dos depoimentos que levaram suspeitas de corrupção para perto do Palácio do Planalto, a CPI começou uma nova fase de investigação focada na compra do imunizante indiano.

Senadores da oposição e independentes que defendem a prorrogação também dizem entender necessário não só aprofundar as investigações, mas, antes de enviar o relatório final à PGR (Procuradoria-Geral da República), aguardar a possível recondução de Augusto Aras ao comando do órgão.

A avaliação é que Aras pode ficar mais independente em relação ao presidente Jair Bolsonaro se garantir a indicação para o segundo mandato à frente da Procuradoria, pois não teria como seguir no cargo depois deste período.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Dominguetti diz que Luis Miranda quis negociar vacina diretamente com empresa e mostra áudio

                       Luiz Dominguetti afirmou à CPI da Covid nesta quinta-feira (1º) que o deputado Luis Miranda (DEM-DF) tentou negociar aquisição de vacinas contra a Covid diretamente com a empresa Davati Medical Supply.

Os nomes de Miranda e da Davati vieram à tona, nos últimos dias, em razão de duas denúncias distintas de supostas irregularidades na compra dos imunizantes (entenda abaixo).

A declaração foi dada quando Dominguetti – que se diz representante comercial da Davati para negociações no Brasil – descrevia telefonemas que teria recebido de pessoas do governo com ofertas de "facilidades" para os contratos de vacinas.

"Muita gente me ligava dizendo 'eu posso isso, eu posso aquilo', mas eu nunca quis avançar nessa seara porque já tinha tido um processo todo doloroso dentro do ministério [da Saúde]. Nem eu, nem a Davati queria vivenciar isso de novo. Eu tenho informação que parlamentar tentou negociar a busca da vacina diretamente com a Davati, eu tenho essa informação", afirmou Dominguetti.

O senador Humberto Costa (PT-PE) perguntou, então, qual seria o nome desse político. Dominguetti respondeu que era o parlamentar que havia prestado depoimento à comissão. Depois, questionado novamente, citou nominalmente Luis Miranda.

Dominguetti diz que não chegou a tratar diretamente com o deputado – que teria conversado com o CEO da Davati no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho.

"O Cristiano me relatava que volta e meia tinha parlamentares procurando, e o que mais incomodava era o Luis Miranda, o mais insistente com a compra e o valor de vacinas. O Cristiano me enviou um áudio onde pede que seja feita uma live, o nome dele, que tinha um cliente recorrente, que comprava pouco, em menos quantidade, mas que poderia conseguir colocar vacina para rodar", declarou.

CPI vai ouvir hoje vendedor de vacina que denunciou suposta propina

                        O comando da CPI da Covid mudou a agenda prevista para esta quinta-feira (1º) e decidiu ouvir o representante da Davati Medical Suply no Brasil, Luiz Paulo Dominguetti, em vez de Francisco Maximiano, da Precisa Medicamentos.

Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", publicada na terça (29), Dominguetti disse ter recebido em fevereiro um pedido de propina do então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, em troca de um contrato de vacinas.

Segundo Dominguetti, foi pedida propina de US$ 1 por dose de vacina e, conforme a reportagem, a negociação envolvia 400 milhões de doses. Dias foi exonerado do cargo. Ao repórter Nilson Klava, da GloboNews, o agora ex-diretor negou ter pedido propina.

A cúpula da CPI decidiu mudar a programação desta quinta por ver com desconfiança o inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar as suspeitas de irregularidades envolvendo as negociações para aquisição da Covaxin, vacina contra a Covid-19 produzida na Índia.

As negociações também são alvos do Ministério Público e da própria CPI. O imunizante é o mais caro negociado pelo governo até agora, e as negociações foram feitas entre o governo federal e a Precisa, empresa sem relação com a indústria de vacinas.

Para a cúpula da CPI, o governo tentou interferir para enfraquecer o depoimento de Francisco Maximiano.

Ao blog, senadores relataram desconfiança de que a PF tenha aberto o inquérito do caso Covaxin para que Maximiano conseguisse, no Supremo Tribunal Federal (STF), o direito de não responder Às perguntas da comissão.

A ministra Rosa Weber, do STF, concedeu habeas corpus ao dono da Precisa. Assim que saiu a decisão, os senadores começaram a trabalhar para antecipar o depoimento de Dominguetti. Do blog da Ana Flor.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Covaxin: deputado Luís Miranda diz à CPI que Bolsonaro citou envolvimento de Ricardo Barros

                                  Durante depoimento à CPI da Covid, nesta sexta-feira (25), o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro fez referência ao líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), ao ouvir denúncias sobre irregularidades nas negociações para compra da vacina Covaxin. Isso teria acontecido no dia 20 de março, quando eles tiveram uma conversa no Palácio da Alvorada, segundo Miranda. 

“O presidente entendeu a gravidade. Olhando os meus olhos, ele falou: ‘Isso é grave’. Não me recordo do nome do parlamentar, mas ele até citou um nome para mim, dizendo: 'Isso é coisa de fulano'. E falou: ‘Vou acionar o Diretor-Geral da Polícia Federal, porque, de fato, Luis, isso é muito grave", reproduziu Miranda, na CPI. 

Por horas, ele foi pressionado pelos senadores para revelar o nome citado por Bolsonaro, mas afirmou, mais de uma vez, não se recordar. Os membros da CPI já suspeitavam que se tratava de Ricardo Barros. Após um intervalo da sessão, em novo questionamento da senadora Simone Tebet (MDB-MS), Luis Miranda revelou que, realmente, se tratava do líder do governo na Câmara.

"Eu não me sinto pressionado para falar. Eu queria ter dito desde o primeiro momento. Mas vocês não sabem o que eu vou passar. Apontar o presidente da República que todo mundo defende como uma pessoa correta e honesta, que sabe que tem algo errado, ele sabe o nome, sabe quem é, e ele não faz nada por medo da pressão que pode levar do outro lado. Que presidente é esse que tem medo de pressão de quem tá fazendo o errado, de quem desvia dinheiro público com as pessoas morrendo com essa p**** desse Covid?”, disse Miranda.  

CPI ouve hoje à tarde os irmãos Miranda sobre Covaxingate

                       A CPI da Pandemia ouvirá nesta sexta-feira (25), às 14h, os depoimentos de Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde, e de seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Eles denunciaram possíveis irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal.

Luis Ricardo Miranda é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Ele relatou ao Ministério Público Federal e à imprensa ter recebido pressões para acelerar o processo de compra da Covaxin, da empresa indiana Bharat Biotech.

A negociação está sob suspeita em razão do valor unitário das vacinas, considerado elevado, em torno de R$ 80, e da participação de uma empresa intermediária, a Precisa Medicamentos. Em entrevista ao jornal O Globo, Luis Ricardo disse ter alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas. O governo nega qualquer irregularidade.

O requerimento convocando os depoentes foi do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Renan e o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), relataram preocupação com a segurança dos depoentes. Aziz solicitou à Polícia Federal proteção para os irmãos. Em pronunciamento na quarta-feira (23), Onyx Lorenzoni, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, atacou o deputado e anunciou processo administrativo disciplinar contra o servidor.

Para o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Onyx pode ter cometido crime previsto na Lei 1.579, de 1952, que regula o funcionamento das comissões parlamentares de inquérito — especificamente o inciso I do artigo 4º: “Impedir, ou tentar impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas, o regular funcionamento de comissão parlamentar de inquérito, ou o livre exercício das atribuições de qualquer dos seus membros”.