Sob
o título “As lições de Pelotas e Caruaru para o Brasil combater o crime”, o
editorial destaca que “são um exemplo para o País a experiência com segurança
pública das duas cidades distantes e distintas”.
Segundo
o jornal de circulação nacional, “em comum, as duas cidades investiram em
coleta, cruzamento e análise de diferentes dados, com o objetivo de identificar
os lugares onde mais acontecem crimes e o perfil das vítimas e agressores. Com
base nessas informações, foram planejadas ações preventivas em diferentes
frentes”. Em outro trecho, o jornal afirma: “Pelotas e Caruaru mostram que não
basta desenhar um bom plano. É igualmente importante cuidar da execução”.
O
editorial de O Globo é publicado alguns dias após outro veículo nacional, o
Valor Econômico, também dar destaque à política de segurança pública
implementada por Raquel Lyra em Caruaru.
Em
um período em que a criminalidade em Pernambuco vem atingindo índices de guerra
civil – foram quase 1 mil assassinatos nos três primeiros meses do ano segundo
a Secretária de Defesa Social (SDS) -, Caruaru aparece nas notícias como o
município que conseguiu reduzir em 50% o número de homicídios. O resultado é
fruto do programa Juntos pela Segurança, que promove ações de prevenção à
violência e criminalidade, atuando de maneira integrada com os órgãos de
Justiça Criminal, dos poderes legislativo e executivo municipal e da sociedade
civil.
“É
esse trabalho de resultados que vamos implementar em Pernambuco, do litoral ao
Sertão. Não podemos aceitar que o nosso Estado volte a figurar entre os mais
violentos do País. Vamos construir um Pernambuco de paz”, afirma Raquel Lyra.
Leia
editorial na íntegra
As
lições de Pelotas e Caruaru para o Brasil combater o crime
São
um exemplo para o país as experiências com segurança pública de duas cidades
distantes e distintas: Pelotas, no Rio Grande do Sul, perto da fronteira com o
Uruguai, e Caruaru, no Agreste pernambucano. Ambas registraram drástica redução
na taxa de homicídios. Na cidade gaúcha, a queda de 2017 a 2021 foi de 34,8
para nove por 100 mil habitantes. Em Caruaru, de 71,5 para 35 no mesmo período.
Como noticiou o jornal Valor Econômico, os resultados provam que políticas
públicas bem planejadas e executadas costumam dar resultados positivos para a
população.
Em
comum, as duas cidades investiram em coleta, cruzamento e análise de diferentes
dados, com o objetivo de identificar os lugares onde mais acontecem crimes e o
perfil de vítimas e agressores. Com base nessas informações, foram planejadas
ações preventivas em diferentes frentes.
No
campo do urbanismo, regiões escuras ganharam iluminação pública, árvores foram
podadas com mais frequência e lugares ermos viraram espaços de lazer com
equipamentos para prática de esporte.
Na
área social, o trabalho conjunto de escolas, unidades básicas de saúde e
centros de atendimento psicossocial identificou jovens e crianças em situação
vulnerável (as principais vítimas e autores de crimes têm entre 16 e 29 anos).
O passo seguinte foi reforçar o serviço de acompanhamento dessas famílias.
Com
dados, o trabalho de combate ao crime feito pela polícia também ganhou
eficiência. Em Caruaru, numa tentativa de evitar a reincidência, parte dos
egressos do sistema penitenciário encontrou emprego na Prefeitura.
Por
que mais cidades já não seguiram essa receita? Pelotas e Caruaru mostram que
não basta desenhar um bom plano. É igualmente importante cuidar da execução.
Foram criadas secretarias municipais de segurança e fóruns reunindo os comandos
das polícias, representantes do Judiciário e lideranças locais. Comitês se
encontram periodicamente e adotam uma rotina de análise e avaliação. Há três
níveis de governança. Um reúne os técnicos e servidores; outro envolve
secretários de diferentes pastas do governo; no último o prefeito supervisiona
o andamento do trabalho. Na definição da estratégia e na execução tem sido
crucial o apoio das organizações Comunitas, Open Society Foundation, Instituto
Igarapé e Instituto Cidade Segura.
Tanto Pelotas como Caruaru têm menos de 400 mil habitantes. É possível que os 63 municípios com população acima desse patamar — cidades maiores ou capitais onde facções de traficantes e milicianos ocupem vastos territórios — precisem de estratégias diferentes ou mais amplas. O improvável é que melhorem o combate ao crime e aumentem a sensação de segurança sem investir mais na análise meticulosa de uma ampla gama de dados e no trabalho incansável de prevenção.
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