O
perito Diego Henrique, que atuou no caso, prestou consultoria de segurança,
através de uma empresa da qual é sócio, ao colégio Nossa Senhora Auxiliadora,
local onde Beatriz Angélica Mota foi assassinada aos 7 anos de idade, com 42
facadas, no dia 10 de dezembro de 2015.
Ele
vendeu um plano de segurança para a escola. Para a família de Beatriz, o fato
de um dos investigadores ter relação comercial com o estabelecimento que
foi local do crime é "imoral".
Ainda
em nota, a Secretaria se posicionou sobre solicitações feitas pelos pais de
Beatriz, durante caminhada rumo a Recife. Uma delas é que fosse concedido
acesso aos conteúdos da investigação por parte de uma empresa privada
americana.
A SDS apontou que a empresa não possui qualquer vínculo com o governo dos Estados Unidos ou suas representações diplomáticas no Brasil e que esse tipo de cooperação não encontra respaldo na legislação brasileira.
Nota
"A Secretaria de Defesa Social vai
manter mobilizada a Força-Tarefa que investiga o assassinato da menina Beatriz
Angélica, ocorrido há seis anos em Petrolina, até que seja identificado o
culpado. O inquérito do caso, que tem até agora 24 volumes, 442 depoimentos,
sete tipos diferentes de perícias, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas
telefônicas analisadas, foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco, no
dia 13 de dezembro de 2021.
O Inquérito Policial já havia sido enviado
em 2019, ao MPPE, que requisitou novas diligências. Todas as solicitações foram
cumpridas e entregues ao Ministério Público pela Força-Tarefa criada pela
Chefia de Polícia para investigar o caso. Os quatro delegados, com vasta
experiência em investigações relativas a crimes de homicídios, revisitaram todo
o material que já havia sido produzido e realizaram novas diligências.
Na esfera administrativa, a Corregedoria
Geral da SDS publicou, na edição de sábado (18/12) do Boletim Geral da SDS, a
conclusão do Processo Administrativo Disciplinar Especial (PADE) em desfavor do
perito criminal Diego Henrique Leonel de Oliveira Costa. Instaurado em maio de
2020, o PADE finaliza com parecer pela demissão do servidor. O servidor prestou
consultoria de segurança, através de uma empresa da qual é sócio, ao Colégio
Nossa Senhora Auxiliadora, local onde Beatriz foi assassinada e,
posteriormente, atuou na equipe de investigação.
Sobre o pedido de acesso aos conteúdos
da investigação por parte de uma empresa privada americana, sem qualquer
vínculo com o Governo dos EUA ou suas representações diplomáticas no Brasil,
esclarecemos que esse tipo de cooperação não encontra respaldo na legislação
brasileira. Com relação à requisição de federalização do caso, essa é uma iniciativa
que deve partir do Ministério da Justiça.
Por fim, cabe destacar ainda que a família da vítima já foi recebida pela Secretaria de Defesa Social e o comando da Polícia Civil por quatro vezes e pelo governador Paulo Câmara em duas oportunidades. No último sábado, os pais de Beatriz foram informados que o pedido de audiência com o governador foi aceito e o encontro marcado para as 11h da terça-feira, 21 de dezembro. Tendo o governo ainda oferecido transporte para os familiares."
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