“Na
manhã de hoje, dia 09/11, protocolei Ofício junto ao Gabinete do Prefeito de
Arcoverde solicitando a minha exoneração da Secretaria de Serviços Públicos e
Meio Ambiente. Em momento oportuno irei repassar os meus argumentos, que foram
exaustivamente explicitados em seis páginas do documento”, disse Israel Rubis
em suas postagens feitas em suas redes sociais.
Na
portaria N° 812 de 19 de outubro de 2021, o prefeito Wellington Maciel tira da
pasta comandada pelo Delegado Israel sua autonomia e a torna um anexo da
Secretaria de Obras e Projetos Especiais, comandada por Aildo Bissera. O
delegado Israel Rubis, que abriu mão de uma candidatura própria para apoiar o
que se dizia seu aliado, viu o companheiro de chapa passar uma rasteira e
esvaziar seus poderes como secretário, tornando-o subalterno de outro.
Na
postagem, o delegado agradeceu aos arcoverdenses pela oportunidade. “Agradeço a
todos os Arcoverdenses pela oportunidade de ocupar um cargo de Agente Político
nesta terra que aprendi a amar! Permaneço como Vice-Prefeito na perspectiva de
trabalhar muito por esta terra”.
Leia na íntegra a carta entregue pelo Delegado Israel Rubis ao prefeito.
Exmo. Sr. Prefeito do Município de
Arcoverde,
No ano de 2019, após a ocorrência de um
fato público e notório, recebi o pedido de muitas pessoas para que eu colocasse
meu nome à disposição em um pleito eletivo, então iniciei uma caminhada pela
cidade, recebendo o carinho e a energia das pessoas. Essa interação fez com que
eu pudesse amealhar ganhos políticos, aumentar o número de seguidores que
entendiam e contemplavam um novo modelo de política, na forma do que eu
pensava.
Pude conferir, através de números e
pesquisas estatísticas que muitas pessoas em Arcoverde acreditavam que eu seria
uma boa opção eleitoral, no pleito que se avizinhava. Conquistei meu espaço
político nesta cidade, a qual adotei como minha terra mãe, apesar de ser
paraibano.
Minha forma de ser enquanto
servidor/agente público é a de sempre, dinâmico, funcionando sempre em alta
voltagem, e buscando incessantemente resolver problemas que aparecem em minha
caminhada profissional e pessoal.
Em meados de 2020, após V. Exª ser
anunciado como candidato à Prefeito, com o apoio da respeitada Prefeita Madalena
Britto, fui procurado por V. Exº para compor chapa, na qualidade de
Vice-Prefeito. De início resisti, pois vinha construindo um projeto político e
de governo para esta terra. Mantemos as conversas, como é de conhecimento de V.
Exª, com uma ponte construída pelo então Secretário de Governo do Madalena
Britto, Cal Britto, pessoa a quem também rendo minhas considerações pessoais, e
do Consultor e Analista político Edcarlos Bezerra.
A construção de nossa aliança política
aconteceu sem qualquer ação que desprivilegiasse o republicanismo, traduzindo
em linhas gerais, nossa aliança foi construída em diálogo sobre plano de
governo, e espaços de gestão, sem envolver qualquer promessa de contrapartida
financeira, ou interesses escusos, por minha parte.
Em um vídeo emocionante, nossa fusão
política foi anunciada ao povo de Arcoverde, e lá tinha um trecho importante
que deve ser lembrado, pois nunca, nem jamais considerei palavras ao vento, no
momento em que V. Exª me perguntou: “Está pronto para mudar a história de
Arcoverde?”. E eu respondi: “Mais do que pronto”.
Naquele momento, de fato eu estava sendo
sincero, e relatando naquele vídeo a minha percepção pessoal sobre o que
verdadeiramente eu queria, notadamente, mudar a história de vida de muitas
pessoas.
Usar a política como instrumento de
transformação na vida dos mais humildes, é um grande objetivo, e não utilizar
esta ferramenta como glamour, deslumbre, glória, ou qualquer outro sentimento
pessoal. Nos compusemos, formamos uma chapa forte, e fomos à batalha, contra um
adversário político muito duro, que já tinha sido Prefeito por dois mandatos, e
Deputado Federal.
Tenho de forma muito viva em minha
memória ainda, um fatídico dia de nossa campanha, em um momento em que estava
em sua residência, analisando uma pesquisa eleitoral interna, comentada pelo
proprietário de um importante instituto de pesquisa desta terra, quando o
próprio estatístico analisava os números, e ressaltava minha importância na
vitória da chapa, e o meu papel preponderante no crescimento dos números para
se alçar a vitória. Nesta data estavam presentes vários coordenadores da
campanha, e ouviram a mesma coisa que eu. Como não lembrar das vezes que ouvi
de alguns personagens importantes na nossa campanha, e na nossa caminhada
política, que você só aceitaria continuar candidato se eu aglutinasse à chapa,
pois a chance de vitória seria muito maior.
Naquele momento, aglutinei pois entendi
que existia um propósito, um projeto coletivo, e ninguém vive o propósito, sem
suportar o processo. Durante a campanha eleitoral, trabalhei muito, analisando
os dados de pesquisas, gastando muita sola de sapato, visitando casas, falando
com as pessoas muitas vezes nos separando, para que pudéssemos percorrer mais
pontos na cidade, e abarcar mais regiões. Adoeci de Covid, pois mesmo em meio a
uma pandemia, abdiquei dos cuidados com minha saúde pessoal, visto que tinha em
mente que o objetivo era vencer o pleito eleitoral, e participar ativamente de
um plano de governo, em que pudesse pontuar reformas importantes. Sempre
objetivando a melhoria da vida das pessoas. Tantas e tantas pessoas são
testemunhas do meu esforço pessoal para vencer o pleito. Noites mal dormidas,
alimentação desregulada, mas o foco principal era a vitória.
Acometido com Covid, no Hospital Real Português,
e sofrendo os efeitos daquela terrível doença, eu não falava em outra coisa a
não ser em me recuperar, retornar à campanha, para vencer o pleito. O prazo de
recuperação estimado em 15 (quinze) dias, caiu para 10 (dez), pela minha força
de vontade de poder contribuir.
Os Médicos, Enfermeiros,
Fisioterapeutas, minha Esposa, minha Família, todos são testemunhas de quantas
vezes repeti que precisava vencer a doença, e retornar, para perseverar.
Então chegou o dia 15 de novembro de
2020, um dos dias mais importantes de nossas histórias. Vencemos a eleição, com
pouco mais de oitocentos votos de maioria. A vitória foi construída pela crença
do povo no “novo”, e pelo esforço de muitas lideranças políticas, e de
multiplicadores, os quais carregavam nosso nome.
Nenhuma vitória é individual. Todas são
coletivas. O governante é único, mas o governo é coletivo, ouvindo o povo, as
lideranças, e os multiplicadores. É esse o raciocínio da Ciência Política
Moderna. Lembro de forma muito enfática que, na quarta ou quinta feira
antecedente ao domingo das eleições, V. Exª adoeceu, necessitando ficar recluso
em casa, e coube a mim e muitas outras lideranças e multiplicadores levar seu
nome aos quatro cantos da cidade, até o dia 15 de novembro.
A vitória veio, e com ela, alguns
eventos desagradáveis, os quais eu jamais imaginaria que aconteceriam. Após
passar dez dias absolutamente incomunicável, sem dar nenhuma notícia de vida,
posteriormente ao pleito, V. Exª retornou já com uma postura diferente.
Provavelmente já pondo em prática ao que lhe fora dito por algumas pessoas,
para “colocar o Delegado em seu lugar de Vice”. Essa foi a minha primeira
frustração pessoal, ser ouvido, mas não escutado. Soube por muitas pessoas de
reuniões secretas para escolha do Secretariado, sem que se eu sequer fosse
convocado. Posso até citar uma, em especial, em um restaurante na zona rural,
onde foram citados vários nomes de possíveis Secretários. Eu não estava
presente, reitero, nem fui convidado. Para ser bem sincero, eu fiquei sabendo
de alguns nomes de Secretários pela boca das pessoas, e depois no dia da
reunião de apresentação do Secretariado, na Autarquia de Ensino Superior de
Arcoverde, onde conheci a todos.
Imagine, um Vice-Prefeito eleito, a quem
foi prometido que iria participar do plano de governo, e do plano de gestão,
ficar sabendo dos nomes do Secretários no dia da apresentação destes, sem que
houvesse uma conversa anterior.
Ademais, antes disso, V. Exª já chegou
pra mim com a receita pronta, dizendo que para mim restaria apenas a Secretaria
de Serviços Públicos e Meio Ambiente ou Autarquia de Trânsito de Arcoverde
(Arcotrans), fato este que ocorreu em um dos seus escritórios, no interior de
uma de suas lojas.
Bastava-me apenas engolir o sapo,
aceitar, e mostrar o que sei fazer, trabalhar. Aceitei a Secretaria de Serviços
Públicos e Meio Ambiente como um dos grandes desafios em minha vida.
Dediquei-me e apostei na sua melhoria estrutural, humana, e logística. Saia de
casa com a missão de servir às pessoas, de resolver os problemas de
infraestrutura, desde a mais simples coleta de lixo, entulhos, e o
desentupimento de uma galeria, até intervenções na drenagem do município.
Junto com alguns amigos, montei um
sistema de cadastro de demandas, gestão por resultados, que deu um upgrade na avaliação
por parte da sociedade. Nossa maneira de gerir a pasta de Serviços Públicos e
Meio Ambiente, olhando e ouvindo as pessoas, servidores, munícipes, tratando
com respeito, zelo, amor e dedicação.
Depois, nos bastidores, tomei
conhecimento que expectativa era que ao aceitar a Secretaria de Serviços
Públicos e Meio Ambiente, pela sua complexidade, bem como por lidar com
problemas de infraestrutura, tais como: buracos, lixo, metralhas, entulhos, galerias
entupidas, eu não fosse conseguir resolver essas demandas, e teria meu nome
desgastado perante a população.
A nossa maior motivação sempre foi
resolver os problemas dos mais humildes, aqueles que efetivamente sofrem com os
problemas de infraestrutura, e no exercício da pasta, pudemos fazer muito, pela
melhoria da qualidade de vidas dos nossos munícipes. Na minha vida enquanto
gestor público, absorvi o seguinte ditado: “A palavra convence. O exemplo
arrasta”. A Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente começou a ter
destaque na gestão, graças a um trabalho coletivo. E notadamente, meu nome
começou a ser lembrado.
Lembro de ter sido “enquadrado” por
algumas pessoas no início da gestão, pois estava muito ativo em minhas redes
sociais, e estava aparecendo mais que o Prefeito. Esse nunca foi nosso
objetivo, e lhe disse isso pessoalmente por várias vezes. O meu maior objetivo
foi mostrar a minha contribuição em benefício das pessoas, e escrever a minha
história como Agente Político, sem precisar passar por cima de ninguém. Aos
poucos fui sendo “colocado no meu lugar de Vice”, obtendo vácuo, desprestígio,
afastamento por parte de V. Exª.
Prefeito, a minha maior vaidade é servir
ao povo, é trabalhar pelas pessoas. Em fevereiro deste ano, fomos afastados dos
cargos, e eu, intimamente, considerando-me o mais prejudicado, pois meu nome em
nada constava nestes processos, em nenhuma prática de irregularidade eleitoral,
mas jamais deixei de defende-lo.
Aproximei-me mais de V. Exª, para
mostrar minha fidelidade, e que estava convosco. Viajamos para Brasília,
visitamos Advogados, e eu sempre tentando me fazer presente, para mostrar que
sou parceiro, que queria unidade e harmonia, em busca da consecução do nosso
projeto político.
Após decisão do Ministro Alexandre de
Moraes do Tribunal Superior Eleitoral, em junho deste ano, retornamos aos
nossos cargos, e desta vez eu tinha muita esperança de não experimentar mais as
sensações ruins que tive no início da gestão, quais sejam, de desprestígio, de
afastamento, pois estive ao seu lado no momento de maior dificuldade, por
óbvio, no momento do nosso afastamento. Mesmo alertado por várias pessoas que
nada mudaria, que V. Exª continuaria a me tratar da forma indiferente como
tratou no início da gestão, esperancei algo diferente, retornei à condução da
Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, para dar continuidade ao
trabalho iniciado.
Vale a pena um recorte de memória, na
nossa segunda posse, eu já notei um comportamento diferente, um olhar que fora
dado a mim, muito semelhante ao que fora dado no início da gestão, aquele de me
“colocar no meu lugar”.
Um candidato à vice que tinha muita
influência nas plataformas digitais, e com um discurso robusto de governo, e
argumentação política, serviria para ganhar, mas talvez não servisse para
governar, pois poderia ofuscar a estrela de V. Exª. Essa foi a lição que
extrai, e o que muitas das suas pessoas próximas relatam em alguns locais da
cidade, como já pude ter ciência.
Queriam-me para servir como enfeite de
palanque. Para vencer, e depois me esconder, “colocar-me no meu lugar”. Essa
minha convicção foi sendo cada vez mais fortalecida ao observar os erros e a
ausência de estratégia política do governo, na condução da participação das
lideranças e das forças políticas que contribuíram para a vitória. As demissões
de pessoas que participaram ativamente da nossa campanha, sendo justificadas com
um “eu não sabia”. O Prefeito, notadamente, V. Exª, passou a usar pessoas para
interferir de forma indireta na Secretaria de Serviços Públicos, as quais
muitas vezes são invasivas, e sob o manto de “ordem do Prefeito” tomavam
decisões sem que eu manifestasse minha concordância e meu consentimento.
Da mesma forma como muitas outras
pessoas, recebi mensagens inadequadas de uma pessoa muito ligada a sua pessoa.
Exª, e o senhor sabe quais foram, até porque eu mesmo mostrei a vós. Na práxis
política, o Governante convidar pessoalmente os seus gestores imediatos, e seu
Vice, demonstra habilidade, sabedoria e liderança. A mera publicação de cards
em um grupo de Secretários, sem que haja uma mensagem direta do Chefe do Poder
Executivo, no meu entendimento, não constitui convite, e uma publicidade
institucional dos eventos. Convite é aquele que se faz diretamente.
Aliás, o Chefe diz vou, o líder diz
vamos. Chefia e Liderança em muito divergem. Lembro de um caso muito
importante, que é preciso ser pontuado, em que uma servidora da Secretaria, que
executava funções na área ambiental, foi demitida por V. Exª, após se recusar a
entregar projetos científicos escritos por ela, na área de arborização e
reflorestamento, para o senhor e uma pessoa próxima ao senhor.
Em relação aos eventos, fiquei sabendo
de uma série deles através de suas redes socias, sem que pudesse ser convidado,
posso citar exatamente a realização de uma limpeza às margens do Riacho do Mel,
do dia das crianças, visita de políticos de destaque em Pernambuco.
Nunca fui chamado para participar de
decisões importantes do Governo, e V. Exª sendo alimentado por pessoas próximas
que precisava cortar “minhas asas”, que precisava por freios em mim, “que não
deveria dar asas à cobra”, e outras pessoas que insistiram em criar um clima de
estabilidade. Não tive espaço no governo para concretizar propostas minhas, que
foram formuladas durante minha pré-campanha.
Tenho minhas redes sociais monitoradas
por pessoas ligadas à V. Exª, para observar se estou aparecendo mais do que o
senhor. Como as coisas mudaram, minhas redes sociais, e minha dinâmica de
trabalho e relacionamento, durante a campanha eram importantes, hoje são
consideradas como uma ameaça. Posso citar um outro fato de desprestígio, quando
o senhor, no início da gestão, solicitou que uma pessoa fosse à Olinda conhecer
a estrutura da Guarda Municipal, para adapta-la à Arcoverde, mesmo possuindo um
Vice-Prefeito com 15 (quinze) anos de experiência na área da Segurança Pública,
que foi gestor da Polícia Civil em Arcoverde, e Região, conhecendo as
potencialidades e dificuldades da área, no tocante ao combate ao crime, com um
trabalho reconhecido por toda sociedade.
Na nossa última conversa, V. Exª
demonstrou estar incomodado com minha atuação. Relatou que estavam lhe dizendo
que eu fazia muita política. Como não fazer política, se sou Agente Político. O
que não faço é subserviência, bajulação, e puxasaquismo. Tenho personalidade
própria. Ainda no âmbito desta conversa, em seu gabinete, o Senhor relatou que
nossos nomes deveriam estar no mesmo patamar, e não um acima do outro. Que
culpa tenho se procuro atender às pessoas que me procuram, ouvir as suas dores,
tentar ajudar, e elas me reconhecem por isso. As pessoas são carentes, precisam
de atenção.
E eu tenho dedicado a minha vida, e a
minha energia, para ajudalas, nestes últimos meses. Só Deus sabe a satisfação
que sinto/sentia em executar minhas atribuições como Vice-Prefeito e
Secretário, melhorando a vida das pessoas, e continuarei com este trabalho.
Lamentavelmente, o Delegado Israel que
antes te ajudou a vencer o pleito, agora é considerado por ti uma ameaça.
Convenceram-te disto. E V. Exª, após nossa última conversa, para minha
tristeza, V. Exª enviou para mim uma portaria engessando o funcionamento da
Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, quando sabias que esta era a
forma que eu tinha de cumprir o meu papel frente àqueles mais carentes, e os
que precisam do meu trabalho e minha dedicação.
Mesmo diante de tal situação, calei-me e
voltei a trabalhar, mas as medidas de engessamento não pararam. Assim, de
acordo com os entendimentos ora expressados, requeiro de V. Exª a exoneração
deste Agente Político que subscreve o presente documento, do Cargo de
Secretário de Serviços Públicos e Meio Ambiente, por não se sentir mais à
vontade e parte integrante do governo atual e caminhar convosco. O tempo passa
rápido, e o poder é tão efêmero quanto a chama de uma vela ao vento.
Grato à Arcoverde pela oportunidade de
poder ter sido eleito para um cargo eletivo de tamanha importância. Continuarei
esperançando, trabalhando, e perseverando, em benefício da cidade de Arcoverde.
Aproveito o ensejo para solicitar, humildemente, que seja a mim devolvida a
sala do Gabinete do Vice-Prefeito, visto que no início da gestão ela foi
ocupada, sem que houvesse qualquer consulta a mim se eu ria usa-la,
demonstrando uma profunda falta de respeito por quem o fez.
A sala eu tenho interesse de usar sim,
para atender às pessoas, pois continuo Vice-Prefeito deste município, e
deste cargo eletivo, somente quem pode me tirar é o povo. O sol nasceu para
todos.
Respeitosamente,
ISRAEL LIMA BRAGA RUBIS
Vice-Prefeito do Povo de
Arcoverde
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