Os
organizadores da Campanha Nacional Fora Bolsonaro dizem acreditar que será a
maior manifestação contra o presidente neste ano. O protesto de caráter
nacional está confirmado em 251 cidades brasileiras e em 16 países, segundo
informaram fontes ligadas à organização do evento.
Fernando
Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL), que disputaram as
eleições presidenciais de 2018, devem discursar no ato na avenida Paulista,
região central de São Paulo. Deles, apenas Ciro deverá disputar a Presidência
novamente em 2022.
A
manifestação contra Bolsonaro prevê até mesmo representantes do PSL, partido
pelo qual o presidente foi eleito em 2018. Partidos de centro, como PSDB, MDB,
DEM, Podemos e Novo, também estarão no protesto.
Nem
mesmo a briga com militantes do PCO (Partido da Causa Operária) no ato do
começo de julho na primeira vez em que o PSDB se juntou aos partidos de
esquerda intimidou a adesão dos tucanos no ato.
“Fomos
em todos os outros atos. A nossa posição foi participar de todos os atos a
favor da vida e da democracia, contra esse governo genocida do Bolsonaro”,
disse Fernando Alfredo, presidente do diretório municipal do PSDB em São Paulo.
Os
organizadores reforçam a necessidade de adoção de medidas de segurança contra a
pandemia causada pelo coronavírus, com uso de máscara, álcool em gel e
distanciamento social. Informações sobre o ato podem ser obtidas no site da
organização.
A mobilização ocorrerá às 13h de amanhã em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista. A programação ainda prevê um ato ecumênico.
Na
sequência, haverá uma intervenção da comunidade indígena, apresentações de
artistas e discursos de lideranças da oposição ao governo federal, como
parlamentares e governadores.
O
ato ainda contará com a participação de lideranças religiosas —incluindo
evangélicos, antiga base de apoio bolsonarista. O encerramento será ao som do
Hino Nacional.
A
programação deixa evidente como a mobilização cresceu e ganhou uma proporção
nacional. Ou tiramos o presidente do cargo ou continuaremos vendo aumentarem o
desemprego, a fome e a miséria. A crise só piora com os desmandos de Bolsonaro
e sua família”Raimundo Bonfim, um dos líderes do ato.
“Todo
o descaso que vemos na saúde com as revelações diárias da CPI da Covid só
demonstram que o impeachment é fundamental para que o Brasil não entre em um
caos absoluto”, completa.
Representantes
de centrais sindicais e movimentos, como o Direitos Já, Frente Brasil Popular,
Frente Povo Sem Medo, Acredito, UNE e Coalização Negra por Direitos, também
confirmaram presença no ato.
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