quarta-feira, 7 de julho de 2021

Aziz manda prender ex-diretor do Ministério da Saúde sob a acusação de mentir à CPI

                      O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), determinou nesta quarta-feira (7) a prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias. Segundo Aziz, a decisão foi tomada porque Dias mentiu e cometeu perjúrio durante o depoimento, isto é, violou o juramento de falar de verdade.

A prisão foi determinada às 17h26, e Roberto Dias foi levado para a Delegacia de Polícia do Senado por volta das 17h55, quando a sessão da CPI foi encerrada. Até a última atualização desta reportagem, ele ainda não havia deixado o local.

Esta foi a primeira prisão determinada pela CPI da Covid. Nesse caso, trata-se de crime afiançável, isto é, ele poderá deixar a prisão após pagamento de fiança, a ser estipulado pela autoridade policial.

Roberto Dias foi convocado a dar explicações sobre as acusações de que teria pedido propina de US$ 1 por dose de vacina em negociações e teria pressionado um servidor do ministério a agilizar a aquisição da Covaxin, vacina produzida na Índia. Dias nega as duas acusações.

Durante o depoimento, Aziz acusou Roberto Dias de ter mentido e ter omitido informações da comissão.

A decisão de Aziz provocou reação da advogada de Roberto Dias. Ela afirmou que a prisão é um "absurdo" e que o ex-diretor deu "contribuições valiosíssimas" para a comissão.

A advogada ainda questionou se Roberto Dias continuaria na condição de testemunha ou se havia passado à condição de investigado. "Se estiver na condição de investigado, eu vou orientar que ele permaneça em silêncio", declarou a responsável pela defesa do ex-diretor.

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