Assinado
pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, o pedido
foi enviado à ministra Cármen Lúcia, relatora no STF (Supremo Tribunal Federal)
de representações que apontam irregularidades na conduta de Salles e outros
servidores ligados à pasta. Salles já é alvo de um inquérito no Supremo, sob a
relatoria do ministro Alexandre de Moraes, sobre suspeita de facilitação a
exportação ilegal de madeira.
Um
dos procedimentos a cargo de Cármen está relacionado à notícia-crime enviada
pelo ex-chefe da Polícia Federal no Amazonas, delegado Alexandre Saraiva, ao
Supremo no mês passado. O policial defendeu a apuração das condutas do ministro
e do senador Telmário Mota (Pros-RR) por atrapalhar medidas de fiscalização
contra danos ao meio-ambiente.
Na
notícia-crime, Saraiva faz referência à maior apreensão de madeira da história
do Brasil. No documento, o policial diz que Salles dificulta fiscalização
ambiental e patrocina interesses privados.
O
delegado citou haver indícios de dois crimes: advocacia administrativa e
impedir ou embaraçar investigação de infração penal que envolva organização
criminosa.
No
dia 27 de abril, Cármen despachou o caso para a PGR se manifestar. Entre as
providências tomadas, a Procuradoria pediu explicações ao ministro. As
justificativas de Salles foram analisadas e consideradas insuficientes para
esclarecer o assunto.
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