sábado, 17 de abril de 2021

Delegado diz que já há informações suficientes para finalizar investigação policial do caso Henry

                        Diretor do DGPC (Departamento-Geral de Polícia da Capital), o delegado Antenor Lopes afirmou a jornalistas nesta sexta-feira (16) que já há elementos suficientes para encerrar as investigações do caso Henry na Polícia Civil e encaminhar os resultados para o Ministério Público do Rio de Janeiro.

O vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho (sem partido), e a namorada dele, Monique Medeiros, estão presos temporariamente desde o dia 8 de abril. Eles são suspeitos de homicídio qualificado de Henry Borel, 4, filho de Monique, no dia 8 de março.

No início da semana que vem, investigadores e peritos devem acertar os últimos detalhes do inquérito e o delegado responsável pelo caso deverá apresentar o relatório final.

"Nós julgamos ter provas muito contundentes, mais do que suficientes, para que o caso seja levado à Justiça", afirmou Lopes.

A informação foi dada após o depoimento da assistente social Débora Saraiva, 34, ex-namorada do vereador Dr. Jairinho, na 16ª Delegacia de Polícia da capital, na Barra da Tijuca (zona oeste).

Segundo o delegado, Débora voltou atrás no depoimento anterior e confirmou que ela e o filho, então com dois anos, sofreram agressões do parlamentar durante os seis anos em que se relacionaram.

"Ela disse que foram tantas agressões que nem sequer conseguia lembrar a quantidade exata de vezes que apanhou do Dr. Jairinho", afirmou. "Tudo isso demonstra como foi importante o pedido de prisão temporária, porque as testemunhas vêm apresentando novas versões", disse Lopes.

Esse foi o segundo depoimento de Débora, que já havia sido ouvida no dia 22 de março. Ela chegou ao local às 14h30 e saiu por volta das 17h20, sem falar com os repórteres.

A versão apresentada hoje por Débora é diferente da relatada à polícia na primeira vez em que foi ouvida. Segundo o jornal O Globo, em depoimento no dia 22 de março, a mulher havia negado a existência de agressões físicas durante o relacionamento e dito que houve "algumas brigas, mas só rolavam xingamentos".

Débora também contou, segundo o jornal, que Jairinho entrou em contato com ela às 11h46 do dia 8 de março, seis horas após atestada a morte de Henry. Segundo Débora, eles conversaram "como se nada tivesse acontecido".

Em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, exibida na noite desta quinta-feira (15) no programa Cidade Alerta, da TV Record, Débora já havia antecipado o histórico de agressões que afirma ter sofrido durante os seis anos de relacionamento com o vereador. Ela disse que não procurou a polícia por medo de represálias.

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