Esse
montante foi desviado através de convênios firmados pelo Ministério do
Turismo e Serviço Social da Indústria (Sesi) com entidades sem fins lucrativos
e empresas para promover eventos culturais no projeto Relix Alagoas 2016,
de acordo com o MPF.
Iniciadas
a partir de relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) e da
Controladoria-Geral da União (CGU), as investigações indicaram o uso de
empresas de “fachada” e pagamentos por serviços não realizados para desvio da
verba federal (saiba mais no final desta reportagem).
Essa
é a terceira denúncia decorrente da Operação Fantoche, deflagrada
pela Polícia Federal (PF) em fevereiro de 2019. A segunda
denúncia foi contra sete investigados e ocorreu em 8 de setembro de 2020,
quase um mês após a primeira, feita no dia 10 de agosto, contra dez
investigados (veja nomes e detalhes das denúncias anteriores mais abaixo).
Nesta
terceira denúncia, são acusados do crime de peculato:
Robson
Braga de Andrade – diretor do Departamento Nacional do Sesi e presidente da
Confederação Nacional da Indústria (CNI);
Sérgio
Luís de Carvalho Xavier – empresário e ex-secretário de Meio Ambiente de
Pernambuco;
José
Carlos Lyra de Andrade - diretor regional do Sesi em Alagoas;
Hebron
Costa Cruz de Oliveira – diretor do Instituto Origami;
Romero
Neves Silveira Souza Filho – diretor do Instituto Origami;
Luiz
Otávio Gomes Vieira da Silva – administrador da Aliança Comunicação e Cultura;
Lina
Rosa Gomes Vieira da Silva - administradora da Aliança Comunicação e Cultura;
Luiz
Antônio Gomes Vieira da Silva - administrador da Alto Impacto Entretenimento.
De
acordo com o MPF, caso haja condenação, a pena para cada um dos denunciados
pode chegar a 12 anos de reclusão, podendo ser maior devido à prática
continuada, além do pagamento de multa.
Na
denúncia, a procuradora da República responsável pelo caso, Silvia Regina
Pontes Lopes, solicitou à Justiça Federal que decrete “a perda de eventual
cargo ou função pública exercida pelos acusados, bem como a perda de bens
acrescidos ao patrimônio em decorrência da prática criminosa e a reparação dos
danos causados aos cofres públicos”, informou o MPF, em nota.
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