O
General Fernando Azevedo emitiu uma nota sem informar claramente o motivo da
decisão, que não havia sido antecipada pelo ministro ou pelo presidente Jair
Bolsonaro até esta segunda. Azevedo e Silva foi anunciado como ministro ainda
durante a transição de governo, em 2018. O nome do substituto ainda não havia
sido anunciado até a última atualização deste texto.
Azevedo
foi chefe do Estado-Maior do Exército, um dos postos de maior prestígio na
Força, e passou à reserva em 2018. Quando foi anunciado ministro, ele era
assessor do então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Azevedo
e Silva permaneceu por dois anos e três meses à frente do Ministério da Defesa.
As Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) são vinculadas à pasta. Na nota,
ele diz claramente que “Nesse período, preservei as Forças Armadas como
instituições de Estado”, buscando desvincular com o Governo como prega o
presidente.
Ernesto Araújo por sua vez, não teve sua saída confirmada pelo governo
oficialmente. Ernesto avisou da decisão de deixar o ministério a seus
assessores próximos e apresentou o pedido para o presidente Jair Bolsonaro.
O
pedido ocorre após pressão de parlamentares, inclusive dos presidentes da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
A
situação política de Ernesto vinha se deteriorando nos últimos dias. No
Congresso, a avaliação é a de que a atuação do ministro isolou o Brasil no
cenário internacional e prejudicou a obtenção de doses de vacina contra
a Covid-19.
Ernesto
adotou em sua gestão os mesmos princípios da política externa do ex-presidente
norte-americano Donald Trump. Essa postura gerou atritos com importantes
parceiros comerciais, como a China, principal destino das exportações
brasileiras, além de maior produtor de insumos para vacinas no mundo.
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