sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Programa de corte de jornadas e salários e auxílio emergencial devem voltar

                    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sinalizou que deve estender o auxílio emergencial por mais "três ou quatro meses" e que deve retomar a partir de março o pagamento do benefício, criado como medida de enfrentamento à crise desencadeada pela pandemia da Covid-19.

A declaração do presidente está em sintonia com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) que defende um benefício entre R$ 200 e R$ 300 por mês.

Por outro lado, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo trabalha para implementar o programa que permitia a suspensão de contratos e reduções de 25%, 50% ou 70% nas jornadas, com corte proporcional de salário. Como compensação, o trabalhador afetado recebia um valor proporcional ao que teria direito de seguro-desemprego.

A medida foi prorrogada algumas vezes, mas se encerrou em dezembro após a celebração de 20 milhões de acordos feitos entre aproximadamente 10 milhões de trabalhadores e 1,5 milhão de empresários, segundo monitoramento do Ministério da Economia.

O programa de preservação do emprego é considerado por Guedes uma das medidas emergenciais mais efetivas da pandemia. Para ele, sem esses acordos, o país veria um número muito maior de demissões durante a crise sanitária.

"Em vez de você esperar alguém ser demitido e receber R$ 1.000 de seguro-desemprego, é muito mais inteligente pagar R$ 500 para ele não ser demitido. Eu baixei o custo do emprego, mantive o emprego do trabalhador e gastei menos do que se ele fosse demitido", afirmou o ministro.

Guedes não detalhou qual será o formato do novo programa. Não há margem no Orçamento para que o governo libere essa complementação de salários aos trabalhadores, que custou R$ 33,5 bilhões em 2020.

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