"Ela
cometeu crime no sentido institucional, com a questão das pedaladas, que levou
à responsabilização política dela. Não cometeu crime no sentido penal. Às vezes
se acusa a ex-presidente de uma eventual desonestidade. Convivi com ela, claro
que muito decorativamente, mas devo dizer que é de uma honestidade ímpar",
disse. Temer ainda respondeu diretamente à alegação do ex-presidente da Câmara
dos Deputados Eduardo Cunha, que também o acusou de ter conspirado contra
Dilma. O ex-presidente citou a pressão de manifestações de rua como maior responsável
pelo andamento do processo.
"O
Eduardo, coitado, não foi o autor do impedimento, e nem eu. Ele teve de levar
adiante alguns pedidos de impeachment, que, ao ver dele, eram inafastáveis.
Quem derrubou a ex-presidente foram os milhões de pessoas que foram para a
rua", disse.
Temer
ainda disse que não pensa em retornar a algum cargo eletivo. "Nenhuma
(chance de disputar algum cargo em eleições). Só se vierem aqui e disserem:
'Você vai ser entronizado presidente da República'. Mas isso é impossível e não
é saudável", disse.
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