sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Popularidade de Bolsonaro cai em plena segunda onda da pandemia no Brasil

                      A aprovação do presidente Jair Bolsonaro sofreu a maior queda em seus dois anos de governo, em um momento em que a segunda onda da pandemia do novo coronavírus atinge com força o Brasil, segundo uma pesquisa publicada nesta sexta-feira (22).

Trinta e um por cento dos brasileiros consideram que o presidente faz um trabalho "bom" ou "muito bom" contra 37% em consultas feitas em agosto e dezembro passado, quando alcançou seu nível máximo de aprovação, revelou a consulta do Instituto Datafolha, realizada entre quarta e quinta-feira.

O número de brasileiros que consideram o governo de Bolsonaro "ruim" ou "péssimo" subiu de 32% para 40%, outro recorde de alta que deixa o presidente muito perto de sua pior avaliação (44%) em julho passado, segundo a pesquisa feita por telefone com  2.030 pessoas.

As pessoas que consideram sua gestão como "regular" diminuiu de 29% em dezembro para 26%, dentro da margem de erro de dois pontos para cima ou para baixo.

A queda da popularidade de Bolsonaro, de 65 anos, coincide com o fim do auxílio emergencial, pago entre abril e dezembro para 68 milhões de brasileiros (quase um terço da população) para enfrentar as consequências da pandemia, que matou mais de 215 mil pessoas no país, balanço superado apenas pelos Estados Unidos.

Paralelamente, o governo é alvo de duras críticas por erros de gestão frente à crise sanitária e pela demora na vacinação, que só começou esta semana e com problemas de organização.

Bolsonaro minimizou em várias oportunidades a gravidade do novo coronavírus, que chegou a chamar de "gripezinha", questionou a eficácia das vacinas e recomendou "tratamentos precoces" com medicamentos sem eficácia comprovada. Também criticou as medidas de distanciamento social, devido aos seus impactos econômicos, e o uso de máscaras.

Segundo o Datafolha, o índice de rejeição a Bolsonaro atinge 51% entre as pessoas que temem se contagiar com o novo coronavírus.

A segunda onda da pandemia provoca mais de mil mortes por dia e causa estragos em Manaus, capital amazonense, onde os hospitais não tem mais leitos de terapia intensiva e dezenas de pessoas morreram asfixiadas por falta de oxigênio.

Esta crise, avaliam especialistas, também poderia ser reflexo de uma nova variante do coronavírus, mais contagiosa, detectada na região amazônica.

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