segunda-feira, 22 de junho de 2020

Secretário do Paraná ganha apoio de aliados de Bolsonaro para assumir MEC


              A indicação do nome do secretário estadual de Educação do Paraná, Renato Feder, ganha força entre aliados presidente Jair Bolsonaro para substituir Abraham Weintraub no MEC (Ministério da Educação). Nesta terça-feira (23), Feder deverá ser recebido no Palácio do Planalto.

O encontro foi costurado por dois influentes apoiadores –o governador do Paraná, Ratinho Júnior, e o novo ministro das Comunicações, Fabio Faria, ambos do PSD. O partido integra o centrão –legendas que formam base com mais de 200 deputados na Câmara. É uma das siglas que tem se aproximado de Bolsonaro e ocupado cargos na Esplanada.

Segundo pessoas próximas ao secretário, ele já teve um almoço com Bolsonaro na semana passada. De acordo com relatos, o empresário Meyer Nigri, dono da Tecnisa, participou do encontro. Feder teria falado na ocasião de planos para a implementação de escolas cívico-militares, o que teria agradado o presidente.

Dias depois, durante o fim de semana, Bolsonaro telefonou para Ratinho Júnior e fez uma primeira sondagem sobre a ida de Feder para Brasília. Ele recebeu uma resposta afirmativa. Interlocutores no Palácio do Planalto, no entanto, ressaltam que a decisão ainda não está tomada.

Em um novo contato, o presidente ligou para Feder e perguntou se ele poderia viajar a Brasília para que eles "namorassem" –jargão usado com frequência pelo mandatário em processo de escolha de auxiliares. Feder não esconde de aliados que quer assumir o cargo de ministro. Para isso, telefonou para integrantes do governo em busca de apoio. Um deles teria sido o ministro Paulo Guedes (Economia). Procurado nesta segunda-feira (22), Feder informou, via assessoria de imprensa, que não iria se manifestar.

Os articuladores da nomeação de Feder também fizeram chegar ao Planalto a imagem de que o atual secretário do Paraná seria um nome técnico, com disposição em aplicar a tecnologia em prol da área. Ressaltaram nesses contatos a implementação de um programa no Paraná que estabeleceu a chamada escolar por meio do celular, o que teria reduzido a evasão de estudantes. Chamaram a atenção do presidente as aulas remotas durante a pandemia do novo coronavírus.

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