terça-feira, 16 de junho de 2020

Decisão do PT do Recife sobre candidatura é adiada para 28 de junho


               O Encontro Municipal do PT no Recife, que estava marcada para ocorrer nesta segunda-feira (15), foi adiado para o dia 28 de junho. A reunião entre os membros do diretório da legenda na Capital será online e vai definir a tática eleitoral do partido para as eleições municipais de 2020. 

Na prática, o diretório vai decidir se apoia a candidatura própria petista, com a deputada federal Marília Arraes, ou se mantém a aliança vigente com o PSB. A decisão pela manutenção da união com os socialistas é o desfecho mais provável no encontro municipal, por contar com amplo apoio do diretório recifense. Porém, o diretório nacional do partido e o ex-presidente Lula já se posicionaram sobre o desejo de ter uma candidatura própria no Recife. 

De acordo com o presidente do PT no Recife, Cirilo Mota, o adiamento respeita o regulamento do partido, que prevê a realização dos encontros municipais até 5 de julho. Ele frisa que a conjuntura gerada pela pandemia e a necessidade de um "diálogo civilizatório" motivaram a mudança de data. "Estamos em um momento em que a sociedade ainda está muito voltada para o acompanhamento da pandemia em Pernambuco e no Recife, a conjuntura nos obrigou a fazer o adiamento. Além disso, há a necessidade de construir um diálogo civilizatório que traga o debate da unidade. Sabemos que a decisão municipal caminha para a manutenção da aliança (com o PSB), mas independentemente do resultado, queremos construir uma unidade, buscar essa construção de unidade", afirmou Cirilo. 

Em tese, a direção nacional leva para o debate o desejo dos membros da legenda no município, mas a decisão final não precisa ser convergente em todas as esferas, ou seja, o PT nacional pode bancar a candidatura de Marília Arraes mesmo que ela não tenha o apoio da maioria da militância no Recife. "Acreditamos ainda que a nacional é a última palavra, está no regulamento, mas acreditamos também que a nossa posição (municipal) será respeitada", disse Cirilo, destacando a necessidade de uma frente de enfrentamento a Bolsonaro como um fator que pode fazer a direção nacional do PT optar pela manutenção de alianças municipais, no caso do Recife, a permanência no palanque do PSB. 

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