O
Encontro Municipal do PT no Recife, que estava marcada para ocorrer nesta
segunda-feira (15), foi adiado para o dia 28 de junho. A reunião entre os
membros do diretório da legenda na Capital será online e vai definir a tática
eleitoral do partido para as eleições municipais de 2020.
Na
prática, o diretório vai decidir se apoia a candidatura própria petista, com a
deputada federal Marília Arraes, ou se mantém a aliança vigente com o PSB. A
decisão pela manutenção da união com os socialistas é o desfecho mais provável
no encontro municipal, por contar com amplo apoio do diretório recifense.
Porém, o diretório nacional do partido e o ex-presidente Lula já se
posicionaram sobre o desejo de ter uma candidatura própria no Recife.
De
acordo com o presidente do PT no Recife, Cirilo Mota, o adiamento respeita o
regulamento do partido, que prevê a realização dos encontros municipais até 5
de julho. Ele frisa que a conjuntura gerada pela pandemia e a necessidade de um
"diálogo civilizatório" motivaram a mudança de data. "Estamos em
um momento em que a sociedade ainda está muito voltada para o acompanhamento da
pandemia em Pernambuco e no Recife, a conjuntura nos obrigou a fazer o
adiamento. Além disso, há a necessidade de construir um diálogo civilizatório
que traga o debate da unidade. Sabemos que a decisão municipal caminha para a
manutenção da aliança (com o PSB), mas independentemente do resultado, queremos
construir uma unidade, buscar essa construção de unidade", afirmou
Cirilo.
Em
tese, a direção nacional leva para o debate o desejo dos membros da legenda no
município, mas a decisão final não precisa ser convergente em todas as esferas,
ou seja, o PT nacional pode bancar a candidatura de Marília Arraes mesmo que
ela não tenha o apoio da maioria da militância no Recife. "Acreditamos
ainda que a nacional é a última palavra, está no regulamento, mas acreditamos
também que a nossa posição (municipal) será respeitada", disse Cirilo,
destacando a necessidade de uma frente de enfrentamento a Bolsonaro como um
fator que pode fazer a direção nacional do PT optar pela manutenção de alianças
municipais, no caso do Recife, a permanência no palanque do PSB.
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