Aliados
do ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmaram que ele foi pego de surpresa com
a publicação, no "Diário Oficial" desta sexta-feira (24), da exoneração
do delegado Maurício Valeixo, agora ex-diretor-geral da Polícia Federal. De
acordo com interlocutores do ministro, Moro não gostou da decisão do presidente
Jair Bolsonaro e vai anunciar sua saída do governo em entrevista coletiva
marcada para as 11h na sede do ministério.
A
exoneração de Valeixo, no diário, aparece assinada por Moro e Bolsonaro. Mas,
segundo fontes ligadas ao ministro, o nome dele aparece por formalidade.
A
Polícia Federal é subordinada ao ministro da Justiça, e é praxe , em casos como
o esse, o chefe da pasta assinar a exoneração. A assinatura aparecer sem o
consentimento de Moro foi mais um movimento inusual que confirma que a saída de
Valeixo não estava combinada com o ministro, muito menos para esta sexta.
O
governo publicou que que a exoneração foi “a pedido” (quando o próprio servidor
público pede para sair do cargo), mas fontes confirmam que Valeixo não pediu
demissão, foi exonerado. Considerava que não havia motivo objetivo para que não
permanecesse no cargo.
Na
quinta , em conversa com Bolsonaro, Moro disse que se Valeixo saísse, ele
deixaria o ministério.
A
exoneração de Valeixo é desejo antigo de Bolsonaro, pelo menos desde agosto do
ano passado. Na época, Moro e outros integrantes do governo conseguiram
convencer o presidente a manter o diretor-geral da PF.
Valeixo
é homem de confiança de Moro. Bolsonaro avisou ao ministro que substituiria o
diretor-geral da PF numa reunião às 9h de quinta-feira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário