domingo, 19 de abril de 2020

GSVA paralisou atividades por falta de equipamentos e segurança dos socorristas


            O coordenador do Grupo de Socorristas Voluntários de Arcoverde – GSVA, Jeneildo Henrique da Silva, fez na tarde deste domingo (19) uma live a onde detalhou os motivos que levaram o grupo a paralisar suas atividades diante da pandemia do novo coronavírus. A falta de equipamentos, apoio e a queda nas contribuições dos apoiadores foram fatores determinantes, além da preservação da vida dos socorristas.

Na sua fala, Jeneildo disse ter tido acesso a toda a regulação do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e viu que as necessidades para que se cumpra todos os protocolos, desde materiais e capacitação, são enormes e não estão disponíveis aos socorristas de Arcoverde. Revelou que ele mesmo precisou ir atrás de capacitação para os profissionais.

“Vestimenta, produtos químicos para desinfecção, técnicas de retirada de roupas, protocolo de atendimento. Montaram esquema de guerra para combater o coronavírus. Vi que infelizmente o GSVA não tem condições de se paramentar de todas essas coisas aqui”, disse Jeneildo.

Ele revelou ainda que 80% dos padrinhos deixaram de fazerem suas doações. Lembrou que são todos voluntários e para manter os serviços é preciso das doações, mas que muitos deles são comerciantes e, hoje, estão com suas lojas fechadas, impedidos de poderem continuar contribuindo. “Com 20% não tem como manter o GSVA funcionando”, disse.

De acordo com Jeneildo, para poder funcionar seria preciso comprar roupas especiais para atender a população, que não permitisse a infecção dos socorristas, tais como: viseira, máscara, macacão, proteção de pé e o GSVA não tem condições de fazer isso. Ressaltou também que precisaria montar uma grande estrutura no GSVA para desinfecção da viatura, pois, pelos protocolos, não pode pegar um paciente infecionado e depois atender outra ocorrência sem fazer a desinfecção.

“Lamentável. Gostaria de continuar a atividade, mas não vou arriscar a saúde dos socorristas. Por debaixo desse macacão vermelho, tem pessoas, pessoas que precisam voltar para casa e tem famílias esperando. Não tenho, hoje, como fazer a segurança dos socorristas e por esse motivo, achei mais prudente, com o coração doendo, paralisar as atividades do GSVA”, concluiu dizendo que quando a pandemia passar o grupo vai estar de volta.

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