segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Prefeito de Tupanatinga em nova polêmica sobre suplementação para o lixo


           Envolvido e sendo investigado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito por supostas irregularidades em seu governo, o prefeito de Tupanatinga, Silvio Roque (PP), se meteu em mais uma enrascada criada pela própria administração. Desta vez o mote da confusão é um pedido de suplementação orçamentária para os serviços de coleta de lixo, que vem sendo precário na cidade.

O prefeito estaria solicitando à Câmara de Vereadores a aprovação de um crédito suplementar no valor de mais de um milhão de reais (R$ 1.016,000,00). Nada demais se fosse necessário. O problema é que no Orçamento 2019 aprovado pela Câmara Municipal ainda tem um saldo orçamentário de R$ 867 mil e faltam apenas 04 meses para fechar o ano.


Segundo dados do Tome Conta, o portal de transparência do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, de um total orçamentário de R$ 2.290.000,00 a prefeitura gastou pouco mais de 54% (R$ 1.423.000,00) o que dá uma média de R$ 177 mil. Como faltam apenas 04 meses para se encerrar o exercício e com base nessa média, a prefeitura precisaria de apenas R$ 711 mil para fechar o ano.

Para o vereador e presidente da Câmara Municipal, Neto de Duca (PSD), o pedido do prefeito precisa ser mais claro, já que ainda tem no orçamento dotação necessária para a limpeza urbana até o final do ano e questiona para que o prefeito Silvio Roque quer os mais de um milhão de reais. Ele revela que na cidade o que mais se vê são pontos de lixo. 

“Seria esse dinheiro pra pagar os garis? A quem pertence a frota de carros que prestam serviços a essa empresa? Quanto ganha? Tá compatível esse gasto com limpeza urbana em uma cidade que já tem servidores efetivos pra essa finalidade? Quanto é o gasto com folha de pagamento com os garis? O excedente vai pra onde?”, questiona. Neto disse que vai levar o assunto ao Ministério Público, pois não compreende uma cidade ter uma equipe de garis gastar tanto com empresa terceirizada para a limpeza urbana.

“Como órgão fiscalizador devemos atentar para o fato de que esses garis sendo contratados pela empresa é uma burla a lei de responsabilidade fiscal no que diz respeito ao limite de gastos com pessoal, uma vez que a prefeitura tem essa estrutura em seu quadro funcional. Estamos tendo duplicidade de ação, contratando, mais caro, trabalhadores que já temos no quadro da municipalidade”, finalizou Neto de Duca.

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