A
indústria impulsionou o crescimento econômico de Pernambuco neste primeiro
semestre de 2019 colocando-o à frente, inclusive, dos índices do país, em
termos comparativos. Nos meses de janeiro, fevereiro e março, o Produto Interno
Bruto de Pernambuco, a preços de mercado (PIB/PE), cresceu 1,2% em relação ao
mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 48,8 bilhões, em valores
correntes, no período.
Comparando,
a economia pernambucana apresentou um comportamento mais dinâmico do que a
brasileira, cujo PIB nacional demonstrou crescimento de 0,5%. Os dados foram
apresentados pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco –
Condepe/Fidem, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação.
Em
comparação aos primeiros trimestres dos dois últimos anos, também houve
ascensão. Em 2017,o PIB/PE foi de 41,3 bilhões. Em 2018, R$ 47,7 bi. No ano de
2019 apresentou, portanto, um acréscimo de R$ 1,1 bi em relação a 2018. Uma
elevação de 0,3%, no comparativo do 1º trimestre de 2019 com o trimestre
imediatamente anterior, considerado o ajuste sazonal. Além do crescimento
interno, o bom desempenho do Estado frente aos dados nacionais também não é
novidade. As taxas de variação do PIB trimestral entre Pernambuco e Brasil
evidenciam que nos últimos quatro trimestres, comparando-se aos quatro
imediatamente anteriores, os índices foram de 1,8% para Pernambuco e 0,9% para
o Brasil.
Segundo
Rodolfo Guimarães, gerente de estudos e pesquisas socioeconômicas da Agência
Condepe/Fidem, o setor da indústria foi quem mais contribuiu para o crescimento
do PIB do Estado. Contribuíram para esse desempenho os resultados positivos a
indústria de transformação (5,8%) e a produção e distribuição de eletricidade,
gás, água, esgoto e limpeza urbana (4,2%). A Construção civil, por outro lado,
apresentou comportamento negativo (-0,9%).
No
setor de Serviços, os segmentos que mais contribuíram foram administração,
saúde e educação pública (1,7%), além de atividades imobiliárias e aluguéis
(3,1%). Por outro lado, comércio e intermediação financeira, seguros,
previdência complementar e serviços relacionados apresentaram dados negativos
neste comparativo trimestral, -1,9% e -3,5%, respectivamente. No caso do
comércio varejista, segundo a pesquisa mensal do comércio - PMC/IBGE, houve
estabilidade no volume de vendas no denominado comércio varejista ampliado
(0,2%).
Segundo
Rodolfo, o crescimento do PIB pernambucano apresentar-se maior do que o
brasileiro pode ser justificado, justamente, pelo comportamento da indústria,
positivo em Pernambuco e negativo no Brasil. Ele credita o fato a setores relativamente
novos como o automotivo e o refino de petróleo.
O
economista André Magalhães, professor da Universidade Federal de Pernambuco,
considera positivo o resultado da análise, mas acredita que é importante
considerar o contexto em que estes dados se apresentam. Ressalta que o Estado
está crescendo sobre uma base comprimida que apresentou queda grande em anos
anteriores. Sobre a próxima avaliação, inclusive, ele acredita que os números
irão além da estagnação: se apresentarão mais baixos.
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