
O
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e embaixadores de Noruega e Alemanha
admitiram nesta quarta-feira (3) a possibilidade de que o Fundo Amazônia seja
extinto.
Mantido
com doações dos governos dos dois países, o fundo foi criado em 2008. É
administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
e os recursos são usados em projetos voltados para a redução do desmatamento.
Dados
do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) divulgados nesta
quarta-feira (3) indicam que o desmatamento na Amazônia em junho foi 88% maior
que no mesmo período de 2018.
A polêmica
envolvendo o fundo surgiu em maio, depois que o Salles anunciou a intenção
do governo de fazer alterações em seu funcionamento.
O
governo quer, por exemplo, passar a usar dinheiro do fundo para indenizar
proprietários rurais em unidades de conservação. Noruega e Alemanha
já se posicionaram contra as mudanças.
Além
disso, o governo quer aumentar o número de representantes do governo no
conselho que define como aplicar o dinheiro. O conselho, aliás, deixou de
existir na sexta (28), efeito de um decreto do presidente Jair Bolsonaro, de
abril, que extinguiu centenas de órgãos colegiados ligados à administração
pública.
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