Oficialmente
o governo nega a intenção de demitir o ministro da Educação, Ricardo
Vélez Rodríguez. Tampouco admite a fragilidade dele no cargo. Pelo contrário. Apesar
da defesa pública de Vélez, nos bastidores, a pressão pela troca do ministro,
que coleciona polêmicas, também coleciona novas adesões. De ministros da ala
militar a parlamentares da base aliada, Vélez é descrito como um ministro na
prorrogação. O impasse estaria em definir quem seria o substituto.
Dos
argumentos contrários a Vélez, até a defesa de que o presidente deveria
ter escolhido um ministro brasileiro entrou nas rodas de conversas desta
semana. Além da conhecida briga de poder na pasta – Olavo de Carvalho versus
ala militar – um novo imbróglio ganhou a semana: é o impasse sobre o eventual
substituto de Vélez.
Entre
os nomes mais citados está o do ex-ministro pernambucano Mendonça Filho (DEM), que
ocupou o cargo no governo Temer. Uma ala do partido que já tem três ministros,
além do presidente da Câmara e do Senado, defende o nome do
pernambucano. Já outro em outro grupo há dúvidas se o partido deveria trabalhar
por Mendonça. Motivo? Diferentemente de Tereza Cristina e Luiz Mandetta,
Mendonça representaria a cúpula, a própria “cozinha” do DEM dentro do Planalto.
Temer e Mendonça Filho |
Além
de Mendonça, parlamentares afirmaram que há uma ala política que defende o nome
de Anderson Correia, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes), para o MEC.
Com
Mendonça, o discurso de independência do DEM não colaria, o que significa que o
pertido entraria de corpo e alma no governo. Somado a isso, o partido ainda
sente os traumas de ter mergulhado no governo de Michel Temer e, diante da
crise ética que se instalou, ter sofrido derrota nas urnas – caso do próprio
Mendonça.
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