sábado, 16 de março de 2019

Vélez pode sair da Educação e dar lugar a Mendonça Filho


         Oficialmente o governo nega a intenção de demitir o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez. Tampouco admite a fragilidade dele no cargo. Pelo contrário. Apesar da defesa pública de Vélez, nos bastidores, a pressão pela troca do ministro, que coleciona polêmicas, também coleciona novas adesões. De ministros da ala militar a parlamentares da base aliada, Vélez é descrito como um ministro na prorrogação. O impasse estaria em definir quem seria o substituto.

Dos argumentos contrários a Vélez, até a defesa de que o presidente deveria ter escolhido um ministro brasileiro entrou nas rodas de conversas desta semana. Além da conhecida briga de poder na pasta – Olavo de Carvalho versus ala militar – um novo imbróglio ganhou a semana: é o impasse sobre o eventual substituto de Vélez.

Entre os nomes mais citados está o do ex-ministro pernambucano Mendonça Filho (DEM), que ocupou o cargo no governo Temer. Uma ala do partido que já tem três ministros, além do presidente da Câmara e do Senado, defende o nome do pernambucano. Já outro em outro grupo há dúvidas se o partido deveria trabalhar por Mendonça. Motivo? Diferentemente de Tereza Cristina e Luiz Mandetta, Mendonça representaria a cúpula, a própria “cozinha” do DEM dentro do Planalto.
Temer e Mendonça Filho

Além de Mendonça, parlamentares afirmaram que há uma ala política que defende o nome de Anderson Correia, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), para o MEC.

Com Mendonça, o discurso de independência do DEM não colaria, o que significa que o pertido entraria de corpo e alma no governo. Somado a isso, o partido ainda sente os traumas de ter mergulhado no governo de Michel Temer e, diante da crise ética que se instalou, ter sofrido derrota nas urnas – caso do próprio Mendonça.

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