Três
netas do ex-deputado federal Pedro Corrêa, condenado nas investigações do
mensalão e da Operação Lava Jato, foram nomeadas para cargos
comissionados no Porto de Suape, no Grande Recife. As nomeações
ocorreram nos meses de julho e agosto deste ano e, nesta segunda-feira (3), a
assessoria de comunicação do Porto de Suape afirmou que elas pediram demissão
dos cargos que ocupavam no local.
As
jovens são universitárias e recebiam salários que variam de R$ 2.851,45 a R$
3.820,97. Os dados constam na página da Lei de Acesso à Informação do governo
estadual.
Maria
Adélia Corrêa Neuwald estuda engenharia civil e está inscrita na função de
gestora técnica na diretoria de engenharia de Suape. O salário é de R$
3.820,97. Ela é filha de Aline Corrêa, ex-deputada federal por São Paulo pelo
Partido Progressista (PP), derrotada nas últimas eleições.
Maria
Júlia Russo Corrêa de Oliveira cursa direito e trabalhava como assessora
técnica no departamento jurídico da presidência do Porto de Suape, com
vencimentos mensais de R$ 2.851,45. Ela é filha do advogado Fábio Corrêa,
primogênito de Pedro Corrêa.
Maria
Clarice Corrêa de Oliveira Teixeira, estudante de administração de empresas,
integrava a equipe da assessoria de comunicação social de Suape. Recebia R$
2.851,45 por mês e é filha de Clarice Corrêa, que tentou uma vaga no Congresso
Nacional este ano pelo PP, mas não foi eleita.
Pedro
Corrêa, ex-presidente nacional do Partido Progressista (PP), foi condenado em
2013 a sete anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, no âmbito das investigações do mensalão. Também acabou condenado a 29
anos, cinco meses e 10 dias de reclusão em 2015 por crimes relacionados à
Operação Lava-Jato e se encontra em prisão domiciliar.
As
netas de Pedro Corrêa foram nomeadas pelo atual diretor-presidente de Suape,
Carlos do Rêgo Vilar, no cargo desde junho deste ano e indicado pelo deputado
federal Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP.
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