O
secretário de Segurança Pública do Rio, general da ativa Richard Nunes,
afirmou que a Polícia Civil já identificou alguns participantes do assassinato
da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta a tiros no centro do Rio em 14
de março. Sete meses após o ocorrido, o crime ainda não foi esclarecido.
Segundo Nunes, a polícia ainda não fez nenhuma prisão porque acredita que
se pelo menos um dos envolvidos for preso, é possível que os outros escapem. Na
tentativa de capturar todos de uma só vez, a polícia ainda não prendeu os
suspeitos.
O
objetivo é entregar o inquérito para a Justiça de forma que seja
difícil que os acusados escapem de uma condenação no tribunal do júri,
explicou Nunes. O secretário afirmou que pretende entregar o caso
solucionado ao final do período da intervenção federal, que será encerrada em
31 de dezembro, conforme determina o decreto assinado em fevereiro pelo
presidente Michel Temer. O decreto autorizava o governo federal assumir a
segurança pública do Rio, de responsabilidade do governo do Estado, por meio de
um interventor.
Temer nomeou
o general da ativa Walter Braga Netto como interventor que, por sua
vez, nomeou outro general da ativa, Richard Nunes, para o cargo de
secretário de Segurança Pública. Esperamos que [vamos concluir o inquérito
em 31 de dezembro] sim. Não podemos ser precipitados. No momento que prende um
[suspeito], não prende os demais.
Alguns
participantes nós temos. Temos que criar uma narrativa consistente com provas
cabais que não sejam contestadas em juízo. Seria um fracasso que a sociedade
não observasse essas pessoas como criminosas e elas não fossem condenadas no
tribunal do júri", disse Nunes em entrevista concedida à
Globonews que foi ao ar nesta quinta-feira (22).
Nunes confirmou
também a suspeita de que grupos milicianos estariam envolvidos no
crime. Marielle militava pelos direitos humanos e, principalmente,
pelo direito das pessoas negras e de favela. O secretário disse que é certo de
que grupos milicianos tiveram alguma participação. Ele não sabe ainda se
eles atuaram como mandantes ou somente executores. Nunes disse ainda
que "provavelmente" tem político envolvido na morte da vereadora. Da Folhape.
Nenhum comentário:
Postar um comentário