quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Polícia identificou participantes do assassinato de Marielle


          O secretário de Segurança Pública do Rio, general da ativa Richard Nunes, afirmou que a Polícia Civil já identificou alguns participantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta a tiros no centro do Rio em 14 de março. Sete meses após o ocorrido, o crime ainda não foi esclarecido. Segundo Nunes, a polícia ainda não fez nenhuma prisão porque acredita que se pelo menos um dos envolvidos for preso, é possível que os outros escapem. Na tentativa de capturar todos de uma só vez, a polícia ainda não prendeu os suspeitos.

O objetivo é entregar o inquérito para a Justiça de forma que seja difícil que os acusados escapem de uma condenação no tribunal do júri, explicou Nunes. O secretário afirmou que pretende entregar o caso solucionado ao final do período da intervenção federal, que será encerrada em 31 de dezembro, conforme determina o decreto assinado em fevereiro pelo presidente Michel Temer. O decreto autorizava o governo federal assumir a segurança pública do Rio, de responsabilidade do governo do Estado, por meio de um interventor.

Temer nomeou o general da ativa Walter Braga Netto como interventor que, por sua vez, nomeou outro general da ativa, Richard Nunes, para o cargo de secretário de Segurança Pública. Esperamos que [vamos concluir o inquérito em 31 de dezembro] sim. Não podemos ser precipitados. No momento que prende um [suspeito], não prende os demais.

Alguns participantes nós temos. Temos que criar uma narrativa consistente com provas cabais que não sejam contestadas em juízo. Seria um fracasso que a sociedade não observasse essas pessoas como criminosas e elas não fossem condenadas no tribunal do júri", disse Nunes em entrevista concedida à Globonews que foi ao ar nesta quinta-feira (22).

Nunes confirmou também a suspeita de que grupos milicianos estariam envolvidos no crime. Marielle militava pelos direitos humanos e, principalmente, pelo direito das pessoas negras e de favela. O secretário disse que é certo de que grupos milicianos tiveram alguma participação. Ele não sabe ainda se eles atuaram como mandantes ou somente executores. Nunes disse ainda que "provavelmente" tem político envolvido na morte da vereadora. Da Folhape.


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