A produção
industrial em Pernambuco sofreu uma redução de 8,1% no mês de maio deste ano. A
queda foi consequência da greve dos caminhoneiros, que ocorreu em maio e
atingiu diversos setores da cadeia produtiva, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou os dados nesta
quarta-feira (11).
"O
crescimento já não vinha tão forte e a paralisação foi muito intensa. As
matérias-primas não chegavam às indústrias, as mercadorias não eram
distribuídas e os funcionários tinham dificuldades para chegar aos postos de
trabalho. O fluxo de caixa das empresas foi muito prejudicado", afirmou
Maurício Laranjeira, gerente de desenvolvimento empresarial e assessor da
presidência da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe).
De
acordo com o gestor, os números de junho ainda devem registrar queda na
produção. "Os efeitos da greve foram prolongados", explicou. Para
Laranjeira, a situação deve se estender até o fim do período das eleições, já
que, na opinião dele, os investimentos tendem a permanecer escassos até a
definição do cenário eleitoral no país.
Segundo
o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Antônio Mário, outros
fatores ajudam a explicar a queda.
"Pernambuco
ficou abaixo da média do Nordeste, que foi de -10%, e da média nacional. O fato
retrata a tendência que era apontada por analistas financeiros com o
agravamento da crise econômica que assola o país, aliado aos efeitos da greve
dos caminhoneiros. O cenário negativo do Brasil, bem como a guerra comercial
iniciada pelos Estados Unidos, têm criado instabilidade no mundo inteiro",
afirmou.
No
cálculo geral, o IBGE apontou uma queda média de 10,9% das atividades
industriais nos 15 locais que participaram do estudo, referente ao mês de
maio deste ano. Somente o Pará registrou desempenho positivo no período, com um
crescimento de 9,2%.
O
estado do Mato Grosso foi o que registrou a redução mais acentuada, com 24,1%.
Amazonas, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás também participaram do
levantamento. Do G1
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