A
Receita Federal montou grupo com auditores fiscais especializados para
investigar cerca de 800 agentes públicos de Legislativo, Executivo e Judiciário
suspeitos de ter cometido fraudes tributárias, informam Adriana Fernandes e
Fabio Serapião.
O
objetivo é mapear até o fim deste mês cerca de 50 agentes públicos – como
parlamentares, chefes de governo, juízes, procuradores – como alvos de novas
investigações de possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e ocultação
de bens. Em vez de atuar a pedido de outras instituições, a Receita vai fazer
suas próprias apurações.
Caso
encontre indícios de crime fora do campo tributário, encaminhará o caso para o
Ministério Público e a Polícia Federal. Segundo o subsecretário de Fiscalização
da Receita, Iágaro Jung Martins, o objetivo é utilizar a experiência acumulada
na atuação conjunta com a PF e MPF em grandes operações para fortalecer o
trabalho de fiscalização.
“Não
existe foro privilegiado na Receita Federal”, o subsecretário. Somente na Lava
Jato, a instituição teria instaurado 3.416 procedimentos fiscais que geraram R$
14,7 bilhões em autuações em impostos, multas e juros não pagos.
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