Festa do nepotismo em Itacuruba: gestão de Juninho Cantarelli é marcada por nomeações familiares

               Prometendo mudanças durante a campanha eleitoral, o prefeito Juninho Cantarelli (PSB) assumiu a gestão de Itacuruba, no Sertão de Pernambuco, mas rapidamente transformou a administração pública em um palco de favorecimento familiar. A prática, que contraria os princípios da impessoalidade e eficiência previstos na Constituição Federal, gerou críticas entre moradores e lideranças políticas locais.

Desde que tomou posse, Juninho Cantarelli promoveu uma série de nomeações que têm parentesco direto com ele:

Ary Cantarelli, sua prima, foi nomeada secretária adjunta de Finanças;

Talita Cantarelli, esposa de seu primo, assumiu o cargo de secretária de Saúde;

Andressa Cantarelli, cunhada do prefeito, ocupa a função de assessora especial;

Cretário Cantarelli, também próximo da família, foi indicado para um alto cargo na administração municipal.

As escolhas levantaram questionamentos sobre a legalidade e ética das decisões do prefeito, dado o impacto direto do nepotismo na transparência e no bom uso dos recursos públicos.

Durante a campanha, Juninho prometeu uma gestão técnica e voltada para os interesses coletivos, mas a realidade se mostrou diferente. “É decepcionante ver que ele fez tantas promessas e agora está priorizando os interesses da própria família, deixando a população de lado”, afirmou um morador que preferiu não se identificar.

A gestão de Juninho Cantarelli enfrenta críticas não apenas pela questão do nepotismo, mas também pela falta de ações concretas nos primeiros dias de governo. Muitos moradores esperavam medidas para enfrentar os desafios do município, mas estão vendo os esforços concentrados na proteção de interesses familiares.

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MPF consegue decisão que condena Funai e União a demarcarem terra indígena em Itacuruba

              O Ministério Público Federal (MPF) obteve sentença judicial que condena a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a União a adotarem todos os procedimentos para a demarcação da Terra Indígena Pankará Serrote dos Campos, no município de Itacuruba, em Pernambuco. O responsável pelo caso é o procurador da República João Paulo Holanda Albuquerque.

A Justiça Federal também determinou à Funai o pagamento de danos morais coletivos no valor de R$ 1 milhão. De acordo com a decisão, a autarquia tem 180 dias para concluir o Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação e, em seguida, 360 dias para finalizar a demarcação da terra indígena. Após essa etapa, a União deverá concluir o processo demarcatório em 30 dias. O descumprimento desses prazos resultará em multa diária no valor de R$ 10 mil.

O MPF já havia obtido decisão liminar favorável à demarcação da área indígena, em 2018. Porém, seis anos depois, a Funai ainda não adotou as providências necessárias. O MPF acompanha o caso desde 2009, por meio de procedimento administrativo.

Conforme consta na sentença, “percebe-se que o período para início da demarcação já ultrapassou o razoável há muito tempo”. São mais de 15 anos sem a conclusão do procedimento.

A Justiça Federal acatou a argumentação do MPF no processo e entendeu que esse atraso aumenta os conflitos agrários na região, permite a exploração de recursos naturais por terceiros e potencializa os conflitos sociais. “E mais, há verdadeira frustração da confiança do Povo Pankará nas instituições estatais, inclusive no Poder Judiciário”, concluiu a Justiça.

Histórico - Desde 2009, a comunidade Pankará busca o reconhecimento e demarcação da terra indígena. Apenas em 2015, a Funai registrou o processo de reivindicação fundiária feita pelos indígenas.

Lideranças da comunidade apresentaram relatos, apurados pelo MPF, de como a inércia da autarquia gerou problemas referentes a atendimentos em educação e saúde indígena, bem como sobre conflitos no uso da terra. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) chegou a fazer o assentamento de famílias de produtores rurais dentro da área em que vive a comunidade indígena. 

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Itacuruba realiza a maior missa do vaqueiro de todos os tempos

                      A Prefeitura de Itacuruba realizou, no último domingo (21), a 17a Missa do Vaqueiro. Em sua maior versão até o momento, o evento reuniu mais de 30 mil pessoas, sendo a maior realização cultural de todos os tempos. 

Valorizando a tradição do vaqueiro, pela manhã aconteceu o momento religioso com o desfile dos vaqueiros, a celebração religiosa e premiação da vaqueirama. Ainda a tardinha iniciaram os shows artísticos com Samarony Carvalho, seguido de Toca do Vale, Tiago Aquino, Luan Estilizado e Mano Walter encerrou a noite.

A organização da festa começou há alguns meses, e o prefeito Bernardo Maniçoba, juntamente com o secretário Tibério Ferraz fizeram questão de acompanhar de perto cada etapa da festa, incluindo " pegar no serviço " nos dias de montagem da estrutura. 

Nos dias que antecederam a festa Itacuruba se preparou para atender a grande demanda de público esperada para o evento. E no grande dia a cidade parou para receber os visitantes que vieram prestigiar a melhor missa do vaqueiro da região.

"Esse evento foi preparado nos mínimos detalhes para atender as expectativas de quem passou dois anos sem festa. Esse é o tipo de evento que a gente gosta de fazer pois, além de valorizar nossa cultura, estimula a economia como um todo", comemorou o sucesso do evento o prefeito Bernardo Maniçoba.

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