O ataque ocorreu ao lado de
um campo de refugiados palestinos que abriga centenas de famílias em tendas
improvisadas. Testemunhas relataram cenas de pânico entre a população civil,
que já convive com a escalada dos bombardeios contra áreas densamente
habitadas.
O Exército israelense
confirmou a ação e justificou a ofensiva afirmando que o prédio era usado pelo
Hamas para planejar ataques. Alega ainda ter tomado medidas para minimizar o
impacto sobre civis. No entanto, informações do Ministério da Saúde de Gaza —
controlado pelo Hamas — indicam que, somente nesta sexta-feira, 30 palestinos
foram mortos por ataques de Israel, 20 deles na Cidade de Gaza.
A ofensiva israelense contra
a maior cidade do enclave começou em 10 de agosto, com a justificativa de
atacar o “último bastião do Hamas”. De acordo com porta-voz militar de Israel,
suas tropas já controlam cerca de 40% da área, que antes da guerra abrigava
aproximadamente 1 milhão de pessoas.
Desde o início do conflito,
em 7 de outubro de 2023 — quando o Hamas lançou um ataque contra o sul de
Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando 251 reféns, segundo dados
israelenses — o balanço da violência tem se intensificado de forma alarmante.
As autoridades de saúde de Gaza relatam mais de 64 mil palestinos mortos em
menos de um ano. Grande parte do território está em ruínas, enquanto a
população enfrenta fome, falta de medicamentos, deslocamentos forçados e um
colapso generalizado das condições de vida.
O bombardeio desta sexta-feira expõe mais uma vez a tragédia humanitária que se aprofunda no território. Para organizações internacionais e setores da sociedade civil, a continuidade dos ataques contra áreas civis, somada ao alto número de mortos, reforça a acusação de genocídio em andamento contra o povo palestino.
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