O caso, que agora é alvo de
investigações da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU), expôs
falhas graves na gestão da Previdência Social. Documentos e relatos indicam que
o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), e o Conselho Nacional da
Previdência Social (CNPS) — presidido por ele — foram informados sobre a
existência do esquema em junho de 2023. No entanto, medidas efetivas para
coibir as irregularidades só começaram a ser tomadas nove meses depois, em março
de 2024.
Durante esse intervalo, a
máquina de fraudes continuou operando livremente, gerando descontos irregulares
que somavam quase R$ 250 milhões por mês nos benefícios dos segurados. O
esquema envolvia 11 entidades conveniadas ao INSS, que realizavam descontos
diretos nos salários dos beneficiários sem autorização válida.