terça-feira, 5 de agosto de 2025

Danilo Cabral deixa Sudene após pressão política e destaca legado

               O superintendente da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), Danilo Cabral, oficializou nesta terça-feira (5) sua exoneração do cargo, encerrando um ciclo de dois anos e dois meses à frente de um dos principais órgãos federais voltados para o desenvolvimento regional. A saída ocorre em meio a pressões do governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), que vinha se posicionando contra a defesa pública feita por Danilo do ramal Suape da Ferrovia Transnordestina.

Em nota pública divulgada nas redes sociais, Danilo confirmou o desligamento e agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, pela confiança durante o período em que esteve à frente da Sudene. "Foi uma honra servir ao Brasil, em especial ao povo nordestino, nesse período desafiador e transformador", escreveu.

Apesar do desgaste político que culminou na sua saída, Danilo encerra sua gestão com uma mensagem de missão cumprida. “Deixo o cargo com a convicção do dever cumprido. A Sudene voltou”, afirmou, sinalizando que sua gestão foi marcada por uma reestruturação e valorização institucional do órgão.

O episódio que teria acelerado o pedido de exoneração foi a crescente tensão em torno da Transnordestina. Danilo defendeu publicamente a inclusão do ramal de Suape, em Pernambuco, na retomada da ferrovia — projeto que há anos divide lideranças políticas do Nordeste. Essa posição incomodou o governador cearense, Elmano de Freitas, que teria intensificado articulações dentro do próprio PT para substituir o comando da Sudene.

Na parte final da nota, Danilo reforça seu compromisso com o desenvolvimento do Nordeste e, especialmente, de Pernambuco, seu estado natal, destacando que continuará atuando politicamente para combater desigualdades e melhorar a qualidade de vida da população. “A luta por Pernambuco é minha missão de vida. Seguiremos juntos”, finalizou.

A exoneração, embora esperada nos bastidores de Brasília, ocorre em um momento sensível para o planejamento regional, especialmente com os debates em torno da infraestrutura logística, como a ferrovia Transnordestina, que impacta diretamente o futuro econômico de diversos estados nordestinos.

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