segunda-feira, 4 de agosto de 2025

CPI da Publicidade: Assembleia Legislativa instala investigação contra governo Raquel Lyra

               A Assembleia Legislativa de Pernambuco deu um passo decisivo nesta semana ao protocolar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o governo da governadora Raquel Lyra (PSDB). A iniciativa, liderada pela deputada Dani Portela (PSOL), tem como foco um contrato de publicidade milionário que se tornou alvo de investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que chegou a determinar a suspensão de anúncios institucionais da gestão em todas as plataformas.

O pedido de CPI foi publicado no Diário Oficial e contou com o apoio de 18 deputados estaduais, superando o mínimo necessário de 17 assinaturas para sua instalação. A proposta surge em meio a fortes questionamentos sobre o montante envolvido no contrato e possíveis conflitos de interesse, já que há suspeitas de relação familiar da própria governadora com um dos nomes citados nas investigações preliminares do TCE.

A abertura da CPI expõe uma fissura no bloco de sustentação do governo na Alepe, já que deputados de diferentes campos políticos assinaram o requerimento. Estão entre os signatários nomes da base aliada e da oposição, como:

Abimael Santos, Álvaro Porto, Antonio Coelho, Cayo Albino, Coronel Alberto Feitosa, Delegada Gleide Ângelo, Diogo Moraes, Edson Vieira, Francismar Pontes, Gilmar Júnior, João Paulo Costa, Joel da Harpa, Júnior Matuto, Mário Ricardo, Rodrigo Farias, Romero Albuquerque, Sileno Guedes e Waldemar Borges.

O documento protocolado pela deputada Dani Portela justifica a necessidade da CPI pelo que classificou como "valores vultosos, falta de transparência e indícios de favorecimento pessoal". Segundo ela, o papel do Legislativo é atuar de forma independente, fiscalizando as ações do Executivo, especialmente quando há suspeitas de uso indevido de recursos públicos.

Com a instalação da comissão, a Alepe deverá definir nos próximos dias os nomes que comporão a CPI, incluindo presidente, relator e membros titulares. O caso promete se tornar um dos mais sensíveis enfrentados pela atual gestão, que até o momento não se pronunciou oficialmente sobre o pedido de investigação parlamentar.

A expectativa é que os trabalhos da CPI avancem nas próximas semanas, com convocações de testemunhas, quebras de sigilo e análise de contratos, podendo repercutir diretamente na imagem do governo Raquel Lyra, que enfrenta também desgaste político em outras áreas da administração estadual. 

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