A decisão representa um
avanço nas tratativas para a regionalização da gestão do saneamento básico em
Pernambuco, mas não ocorreu sem questionamentos. Seis municípios optaram por se
abster da votação: Petrolina, Araripina, São José do Belmonte, Amaraji,
Gameleira e Serra Talhada. Apesar disso, nenhum voto contrário foi registrado,
garantindo a aprovação da proposta por maioria ampla.
A distribuição da parte municipal dos recursos seguirá dois critérios:
- 50% será dividido igualmente entre todos os municípios da microrregião;
- Os outros 50% serão rateados conforme o peso do voto de cada cidade nos colegiados.
Esse modelo beneficia
majoritariamente os maiores centros urbanos, como Recife, Jaboatão dos
Guararapes, Caruaru, Olinda, Paulista e Petrolina, que devem ficar com as
maiores fatias do montante.
Segundo o contrato, os recursos
repassados deverão ser investidos exclusivamente em infraestrutura, priorizando
projetos de segurança hídrica, abastecimento de água, esgotamento sanitário e
melhorias fora da área direta de concessão.
O acordo também estabelece
regras para valores adicionais que venham a ser pagos pela concessionária:
- 25% irá para os municípios;
- 25% para o Estado;
- 50% será revertido à própria Compesa, para antecipação da indenização prevista no Termo de Rescisão Parcial dos Contratos de Prestação de Serviços.
Caso o valor destinado à
Compesa ultrapasse o montante da indenização, a diferença deverá
obrigatoriamente ser reinvestida no sistema de produção de água, fortalecendo a
sustentabilidade do serviço.
O Governo de Pernambuco será
responsável por intermediar os repasses: à medida que as parcelas da outorga
forem quitadas pela nova concessionária, o Estado deverá transferir os valores
correspondentes às prefeituras e à Compesa, cumprindo os percentuais
estabelecidos.
Além do contrato de gerenciamento, as assembleias também analisaram o relatório da consulta pública, o Plano Regional de Saneamento e os termos que formalizam a rescisão dos contratos anteriores da Compesa com os municípios.
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